Será que temos o direito de negar ajuda a uma pessoa necessitada? Acredito que não. Se alguém vem lhe pedir auxílio é porque sabe que você tem o que ela precisa; ou por outro lado, ela é colocada em seu caminho para que seu espírito possa escolher que atitude tomar com relação a ela.
O auxílio as vezes pode vir apenas através de um consolo, de uma palavra amiga, de um ombro para aparar as lágrimas... Coisas simples que as pessoas atualmente não entendem devido aos sentimentos de egoismo, impaciência, interesses pessoais, ambição e todos os sentimentos ruins relacionados aos tempos modernos. O ser humano perdeu a essência do sentimento mais puro existente na Terra: o AMOR. E nisto temos o amor em todas as suas expressões, incluindo o amor ao próximo. Com isso tornou-se uma criatura gélida, frígida, implacável, inescrupulosa, que em muito se afasta da sua origem que é a perfeição divina...
Mas nem tudo está perdido... devemos tentar resgatar o amor puro, os sentimentos puros. Saber de verdade o que é ser uma pessoa humilde, caridosa, amiga, companheira. Olhar o mundo pelos olhos de uma criança, criatura que não consegue enxergar a maldade naqueles que a rodeiam.
Voltando ao ponto inicial, isto responde a pergunta proposta no início do tópico. Não devemos. Afinal, se queremos melhorar enquanto espíritos devemos depurar todo e qualquer sentimento errôneo de nosso coração. Principalmente os relacionados à aversão, repulsa e vingança, a pior de todas.
Neste processo devemos tomar cuidado com a perda de energias... devemos nos preservar ao máximo para que não fiquemos exauridos, porém com o auxílio de nossos Orixás e Entidades, bem como de todos os espíritos de luz, nunca ficamos prejudicados em ajudar a alguém que precise...
Enfim, que possamos cada vez mais almejar a prática da fraternidade e beneficiar, além de auxiliar, os irmãos que sofrem...
Axé!
sábado, 18 de dezembro de 2010
Um diálogo entre Exu e Oxalá
O céu e a terra fundiam-se no horizonte distante, parecendo uma coisa só, como se não houvesse separação entre o mundo espiritual e o material, a consciência individual e a cósmica.
Sentado sobre uma pedra em uma enorme montanha, de cabeça baixa e olhos apenas entreabertos, Exu observava o fenômeno da natureza e refletia sobre o seu interminável trabalho.
_Como é difícil a humanidade – pensou em certo momento – parece nunca estar satisfeita, está sempre querendo mais e, em sua essência egoísta desarmoniza tudo, tudo... Tudo que era para ser tão simples acaba tão complicado.
Com os olhos habituados a enxergar na escuridão e na distância, Exu observou cada canto daqueles arredores. Viu pessoas destruindo a si mesmas através de vícios variados, viu maldades premeditadas e outras praticadas como se fossem atos da mais perfeita normalidade. Viu injustiças, principalmente contra os mais fracos e indefesos. Com seus ouvidos, também atentos a tudo, ouviu mentiras, palavras de maledicência, gritos de ódio e sussurros de traição.
Exu suspirou.
_Serei eu o diabo da humanidade? – pensou ironicamente, ao lembrar o quanto era associado à figura do demônio. Passou horas observando coisas que estava habituado a ver todos os dias: mentiras, fraudes, corrupção, traições, inveja, e uma gama enorme de sentimentos negativos.
Foi quando estava imerso nesses pensamentos que Exu ouviu uma voz ao seu lado, dizendo naquele tom austero, porém complacente:
_Laroyê, Senhor Falante.
Exu ergueu os olhos e vislumbrou a figura altiva de Oxalá.
_Èpa Bàbá – respondeu Exu, fazendo um pequeno movimento com a cabeça, em sinal de respeito.
_Noto que está pensativo, amigo Exu – falou Oxalá.
Exu respirou fundo, contemplou novamente o horizonte e respondeu:
_Trabalhamos tanto... e incansavelmente, mas os homens parecem não valorizar nosso esforço.
Oxalá moveu os lábios para dizer algo, mas antes que isso acontecesse, Exu, como que prevendo o que seria dito, continuou:
_Não falo em tom de reclamação, sou um trabalhador incansável e o amigo sabe disso. É com prazer que levo o que tem ser levado e retiro o que deve ser retirado. É com satisfação que abro ou fecho os caminhos, de acordo com a necessidade de cada um, é com resignação que acolho sobre minhas costas largas a culpa do mal que muitos espíritos encarnados e desencarnados fazem, não reclamo do meu trabalho. Sou Exu, para mim não existe frio ou calor, cansaço ou preguiça, existe apenas a necessidade de cumprir a tarefa para qual fui designado.
_Se mostra tão resignado e, no entanto, parece que deixa-se abater pelo desânimo – comentou Oxalá, apoiando-se em seu paxorô.
Exu soltou uma gargalhada, ao que Oxalá deu um leve sorriso, com um movimento quase imperceptível no canto direito dos lábios.
_Não sou resignado nem tampouco estou desanimado – falou Exu – estou pensativo sobre pouca inteligência dos homens. Veja só: como responsável pela aplicação da Lei Cármica observo muita coisa. Observo não apenas o sofrimento que alguns homens impõem a si mesmos, mas vejo também as incessantes oportunidades que o Universo dá a cada um dos seres que habitam a Terra. O aprendizado que tanto precisam lhes é dado por bem, mas quase nunca enxergam pelo amor, então lhes é dada a oportunidade de aprender pela dor, mas geralmente só lembram a lição enquanto a dor está a alfinetar sua carne. Com o alívio vem o esquecimento e todos os erros e vícios voltam a aflorar.
Oxalá fez menção de dizer algo, mas com o dedo em riste entre os lábios, novamente Exu o impediu de falar.
_Ouça – disse Exu, colocando a mão em concha na orelha, como se ele e Oxalá precisassem disso para ouvir melhor. E ambos ouviram o som que vinha da Terra. O som da inveja, dos maus sentimentos, da maledicência, da promiscuidade, da ganância. Exu deu outra gargalhada e disse:
_Percebe? Temos trabalho por muitos séculos ainda.
_E isso não é bom? – perguntou Oxalá, que dessa vez não deixou Exu responder e continuou:
_Pobres homens, ignorantes da própria grandeza espiritual e da simplicidade do Universo. Se não desconhecessem tanto o funcionamento das coisas, seriam mais felizes.
_Não estão preocupados em discernir o bem do mal – resmungou Exu.
_E você está, Senhor Falante? – tornou Oxalá.
Mais uma vez Exu gargalhou.
_Para mim não existe o bem ou o mal. Existe o justo, bem sabe disso.
_Então por que tenta exigir esse discernimento dos pobres homens?
_Eu conheço os caminhos – respondeu Exu um tanto irritado – para mim não existem obstáculos, todos os caminhos se abrem em encruzilhadas. Para mim as portas nunca se fecham e as correntes nunca prendem. Conheço o sutil mistério que separa aquilo que chamam de bem daquilo que chamam de mal. Não sou maniqueísta, não sou benevolente, pois não dou a quem não merece, mas também não sou cruel, pois sempre ajo dentro da Lei. Os homens, coitados, acreditam na visão simplista do bem e do mal, como se todo o Universo, em sua “complexa simplicidade” se resumisse apenas entre o bem e o mal.
_Pobres homens – repetiu Oxalá.
_Pobres homens – concordou Exu – mesmo olhando o Universo de uma forma tão simplista, dividido apenas entre bem e mal, acabam sempre demonizando tudo, achando que o mal é o melhor caminho para conseguir o que desejam ou então acreditam que são eternas vítimas do mal. E o que é pior, quase sempre eu é que sou o culpado.
_Mas é você o responsável pelo mal? – perguntou Oxalá, admirando o horizonte.
_Sou justo, apenas isso – respondeu Exu.
_Não seria a justiça uma prerrogativa de Xangô? – tornou o maior dos orixás.
Exu olhou fundo nos olhos de Oxalá e respondeu:
_Estou a serviço do Universo, de cada uma das forças que o compõe, inclusive do Senhor da Justiça.
_Isso significa que trabalha em harmonia com o Universo, caro Exu?
_Imaginei que soubesse disso – respondeu Exu, irônico como sempre.
_Acho que sempre soube. Quando observo o horizonte e vejo o céu fundindo-se à Terra, percebo o quanto o material pode estar ligado ao espiritual. Mas também lembro que o sol vai raiar e acredito que apesar de todas as dificuldades que os próprios homens criam, é possível acender a chama da fé em seus corações. Percebo o quanto eles são falhos, mas percebo também o quanto são frágeis e precisam de nós – e nesse momento pousou a mão sobre o ombro de Exu – sejam dos que trabalham na luz ou na escuridão, pois tudo faz parte do Uno e se inter-relacionam. O mesmo homem que hoje está nas profundezas mais abissais, amanhã pode ser o mensageiro da luz.
Exu olhou para os olhos de Oxalá, como se não estivesse concordando, mas dessa vez foi Oxalá quem não deixou que o outro falasse, prosseguindo com sua narrativa:
_Se não fossem os valorosos guardiões que trabalham nas regiões trevosas, dificilmente os que ali sofrem um dia alcançariam o benefício da luz. Se houvesse apenas a luz, não haveria o aprendizado, que tem como ponto de partida o desconhecimento, as trevas. O Universo tão simples é ao mesmo tempo tão inteligente, que mesmo nós, que observamos os homens a uma distância grande, às vezes nos surpreendemos com sua magnitude. Os homens são frutos que precisam amadurecer e você, amigo Exu, é a estufa que os aquece até o ponto certo da maturação e eu sou a mão que os colhe como frutos amadurecidos.
_Quem diria que trabalhamos em harmonia? – disse Exu em meio a um sorriso – acreditam que vivemos a digladiar quando na verdade trabalhamos em busca de um mesmo objetivo: o aprimoramento da raça humana.
Oxalá só não soltou uma gargalhada porque não era esse seu hábito (e sim o de Exu), mas disse sem conseguir esconder o contentamento:
_Então, companheiro Exu, não temos porque lamentar. A ignorância em que vivem os homens é sinal de que ainda temos trabalho a realizar. A pouca sabedoria que possuem significa que ainda estão muito próximos ao ponto de partida e cabe a nós, não importa se chamados de “direita” ou “esquerda”, auxiliá-los em sua caminhada, que é muito longa ainda. Apenas contemplar as mazelas dos corações humanos não irá auxiliá-los em nada. Sou a luz que guia os olhos da humanidade e você é o movimento que não a deixa estática. Se pararmos por um segundo sequer, atrasaremos em séculos e séculos o progresso da raça humana, que tanto depende de nós.
Nesse momento o sol começou a raiar timidamente no horizonte, separando o céu e a Terra. Exu levantou-se da sua pedra e se pôs a caminhar montanha abaixo.
_Aonde vai, Senhor Falante? – perguntou Oxalá, como se não soubesse.
_Vou trabalhar, Senhor dos Orixás – respondeu Exu gargalhando novamente – Esqueceu que sou um trabalhador incansável e que trabalho em harmonia com o Universo, mesmo que ele me imponha a luz do sol?
Oxalá não respondeu, mas esboçou um sorriso tímido. Assim trabalhava o Universo: sempre em harmonia. Os homens, mesmo ainda presos a tantos conceitos primários, trilhavam os primeiros passos em direção ao progresso, pois não estavam órfãos de seus orixás e protetores.
Douglas Fersan – outubro de 2010
Sentado sobre uma pedra em uma enorme montanha, de cabeça baixa e olhos apenas entreabertos, Exu observava o fenômeno da natureza e refletia sobre o seu interminável trabalho.
_Como é difícil a humanidade – pensou em certo momento – parece nunca estar satisfeita, está sempre querendo mais e, em sua essência egoísta desarmoniza tudo, tudo... Tudo que era para ser tão simples acaba tão complicado.
Com os olhos habituados a enxergar na escuridão e na distância, Exu observou cada canto daqueles arredores. Viu pessoas destruindo a si mesmas através de vícios variados, viu maldades premeditadas e outras praticadas como se fossem atos da mais perfeita normalidade. Viu injustiças, principalmente contra os mais fracos e indefesos. Com seus ouvidos, também atentos a tudo, ouviu mentiras, palavras de maledicência, gritos de ódio e sussurros de traição.
Exu suspirou.
_Serei eu o diabo da humanidade? – pensou ironicamente, ao lembrar o quanto era associado à figura do demônio. Passou horas observando coisas que estava habituado a ver todos os dias: mentiras, fraudes, corrupção, traições, inveja, e uma gama enorme de sentimentos negativos.
Foi quando estava imerso nesses pensamentos que Exu ouviu uma voz ao seu lado, dizendo naquele tom austero, porém complacente:
_Laroyê, Senhor Falante.
Exu ergueu os olhos e vislumbrou a figura altiva de Oxalá.
_Èpa Bàbá – respondeu Exu, fazendo um pequeno movimento com a cabeça, em sinal de respeito.
_Noto que está pensativo, amigo Exu – falou Oxalá.
Exu respirou fundo, contemplou novamente o horizonte e respondeu:
_Trabalhamos tanto... e incansavelmente, mas os homens parecem não valorizar nosso esforço.
Oxalá moveu os lábios para dizer algo, mas antes que isso acontecesse, Exu, como que prevendo o que seria dito, continuou:
_Não falo em tom de reclamação, sou um trabalhador incansável e o amigo sabe disso. É com prazer que levo o que tem ser levado e retiro o que deve ser retirado. É com satisfação que abro ou fecho os caminhos, de acordo com a necessidade de cada um, é com resignação que acolho sobre minhas costas largas a culpa do mal que muitos espíritos encarnados e desencarnados fazem, não reclamo do meu trabalho. Sou Exu, para mim não existe frio ou calor, cansaço ou preguiça, existe apenas a necessidade de cumprir a tarefa para qual fui designado.
_Se mostra tão resignado e, no entanto, parece que deixa-se abater pelo desânimo – comentou Oxalá, apoiando-se em seu paxorô.
Exu soltou uma gargalhada, ao que Oxalá deu um leve sorriso, com um movimento quase imperceptível no canto direito dos lábios.
_Não sou resignado nem tampouco estou desanimado – falou Exu – estou pensativo sobre pouca inteligência dos homens. Veja só: como responsável pela aplicação da Lei Cármica observo muita coisa. Observo não apenas o sofrimento que alguns homens impõem a si mesmos, mas vejo também as incessantes oportunidades que o Universo dá a cada um dos seres que habitam a Terra. O aprendizado que tanto precisam lhes é dado por bem, mas quase nunca enxergam pelo amor, então lhes é dada a oportunidade de aprender pela dor, mas geralmente só lembram a lição enquanto a dor está a alfinetar sua carne. Com o alívio vem o esquecimento e todos os erros e vícios voltam a aflorar.
Oxalá fez menção de dizer algo, mas com o dedo em riste entre os lábios, novamente Exu o impediu de falar.
_Ouça – disse Exu, colocando a mão em concha na orelha, como se ele e Oxalá precisassem disso para ouvir melhor. E ambos ouviram o som que vinha da Terra. O som da inveja, dos maus sentimentos, da maledicência, da promiscuidade, da ganância. Exu deu outra gargalhada e disse:
_Percebe? Temos trabalho por muitos séculos ainda.
_E isso não é bom? – perguntou Oxalá, que dessa vez não deixou Exu responder e continuou:
_Pobres homens, ignorantes da própria grandeza espiritual e da simplicidade do Universo. Se não desconhecessem tanto o funcionamento das coisas, seriam mais felizes.
_Não estão preocupados em discernir o bem do mal – resmungou Exu.
_E você está, Senhor Falante? – tornou Oxalá.
Mais uma vez Exu gargalhou.
_Para mim não existe o bem ou o mal. Existe o justo, bem sabe disso.
_Então por que tenta exigir esse discernimento dos pobres homens?
_Eu conheço os caminhos – respondeu Exu um tanto irritado – para mim não existem obstáculos, todos os caminhos se abrem em encruzilhadas. Para mim as portas nunca se fecham e as correntes nunca prendem. Conheço o sutil mistério que separa aquilo que chamam de bem daquilo que chamam de mal. Não sou maniqueísta, não sou benevolente, pois não dou a quem não merece, mas também não sou cruel, pois sempre ajo dentro da Lei. Os homens, coitados, acreditam na visão simplista do bem e do mal, como se todo o Universo, em sua “complexa simplicidade” se resumisse apenas entre o bem e o mal.
_Pobres homens – repetiu Oxalá.
_Pobres homens – concordou Exu – mesmo olhando o Universo de uma forma tão simplista, dividido apenas entre bem e mal, acabam sempre demonizando tudo, achando que o mal é o melhor caminho para conseguir o que desejam ou então acreditam que são eternas vítimas do mal. E o que é pior, quase sempre eu é que sou o culpado.
_Mas é você o responsável pelo mal? – perguntou Oxalá, admirando o horizonte.
_Sou justo, apenas isso – respondeu Exu.
_Não seria a justiça uma prerrogativa de Xangô? – tornou o maior dos orixás.
Exu olhou fundo nos olhos de Oxalá e respondeu:
_Estou a serviço do Universo, de cada uma das forças que o compõe, inclusive do Senhor da Justiça.
_Isso significa que trabalha em harmonia com o Universo, caro Exu?
_Imaginei que soubesse disso – respondeu Exu, irônico como sempre.
_Acho que sempre soube. Quando observo o horizonte e vejo o céu fundindo-se à Terra, percebo o quanto o material pode estar ligado ao espiritual. Mas também lembro que o sol vai raiar e acredito que apesar de todas as dificuldades que os próprios homens criam, é possível acender a chama da fé em seus corações. Percebo o quanto eles são falhos, mas percebo também o quanto são frágeis e precisam de nós – e nesse momento pousou a mão sobre o ombro de Exu – sejam dos que trabalham na luz ou na escuridão, pois tudo faz parte do Uno e se inter-relacionam. O mesmo homem que hoje está nas profundezas mais abissais, amanhã pode ser o mensageiro da luz.
Exu olhou para os olhos de Oxalá, como se não estivesse concordando, mas dessa vez foi Oxalá quem não deixou que o outro falasse, prosseguindo com sua narrativa:
_Se não fossem os valorosos guardiões que trabalham nas regiões trevosas, dificilmente os que ali sofrem um dia alcançariam o benefício da luz. Se houvesse apenas a luz, não haveria o aprendizado, que tem como ponto de partida o desconhecimento, as trevas. O Universo tão simples é ao mesmo tempo tão inteligente, que mesmo nós, que observamos os homens a uma distância grande, às vezes nos surpreendemos com sua magnitude. Os homens são frutos que precisam amadurecer e você, amigo Exu, é a estufa que os aquece até o ponto certo da maturação e eu sou a mão que os colhe como frutos amadurecidos.
_Quem diria que trabalhamos em harmonia? – disse Exu em meio a um sorriso – acreditam que vivemos a digladiar quando na verdade trabalhamos em busca de um mesmo objetivo: o aprimoramento da raça humana.
Oxalá só não soltou uma gargalhada porque não era esse seu hábito (e sim o de Exu), mas disse sem conseguir esconder o contentamento:
_Então, companheiro Exu, não temos porque lamentar. A ignorância em que vivem os homens é sinal de que ainda temos trabalho a realizar. A pouca sabedoria que possuem significa que ainda estão muito próximos ao ponto de partida e cabe a nós, não importa se chamados de “direita” ou “esquerda”, auxiliá-los em sua caminhada, que é muito longa ainda. Apenas contemplar as mazelas dos corações humanos não irá auxiliá-los em nada. Sou a luz que guia os olhos da humanidade e você é o movimento que não a deixa estática. Se pararmos por um segundo sequer, atrasaremos em séculos e séculos o progresso da raça humana, que tanto depende de nós.
Nesse momento o sol começou a raiar timidamente no horizonte, separando o céu e a Terra. Exu levantou-se da sua pedra e se pôs a caminhar montanha abaixo.
_Aonde vai, Senhor Falante? – perguntou Oxalá, como se não soubesse.
_Vou trabalhar, Senhor dos Orixás – respondeu Exu gargalhando novamente – Esqueceu que sou um trabalhador incansável e que trabalho em harmonia com o Universo, mesmo que ele me imponha a luz do sol?
Oxalá não respondeu, mas esboçou um sorriso tímido. Assim trabalhava o Universo: sempre em harmonia. Os homens, mesmo ainda presos a tantos conceitos primários, trilhavam os primeiros passos em direção ao progresso, pois não estavam órfãos de seus orixás e protetores.
Douglas Fersan – outubro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Se você ouvisse o meu conselho...
Ah... quantas pessoas acham que a sua maneira de pensar é soberana aos demais? Quantos irmãos são incapazes de se colocar no lugar do outro? Quantos irmãos, mesmo estando a anos no espiritismo, incluindo todas as vertentes, ainda não descobriram o real sentido da religião?
Aos amigos médiuns, eu peço, ouçam meu conselho... Afastai-vos dos espíritos trevosos. Isto não significa se dedicar exclusivamente aos compromissos mediúnicos, não... Ser espírita está muito além de simplesmente frequentar uma reunião de médiuns de Kardec ou de estar toda semana no terreiro. Significa ser vigilante; compreender o próximo; não criticar os irmãos; falar; e ouvir, muito mais do que falar. Vossa língua pode ser a vossa redenção ou condenação. Dela saem palavras que ferem mais que adagas, pois são capazes de chegar até a alma.
O mais importante, e o mais difícil de tudo é o PERDÃO. Esta palavra de 6 letras é tão fácil de entender e tão complexa de praticar. Quanto é difícil engolir o orgulho, apagar temporariamente nossos sofrimentos e as consequências que os atos alheios causam em nossas vidas. O perdão é o alívio de nossa alma quando temos sentimentos de rancor para com o outro. Devemos tentar afirmar que conseguiremos perdoar sempre o próximo, apesar de sabermos que temos um longo caminho a percorrer.
E os nossos guias? Como se comportam quando estamos compactuando com a influência que recebemos de espíritos de baixa vibração? Certamente, eles não dão apoio e temporariamente se afastarão de nós, por pura teimosia de nossa parte e um tênue desejo de se manter na companhia profana dos trevosos. Como já diz o Pai Nosso - "Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos de todo mal." Que nossos guias estejam sempre a nosso lado, nos livrando das influências malignas...
Que nosso espírito evolua sempre no sentido de perdoar, compreender, auxiliar, aconselhar e amparar ao próximo, afinal como diz a Bíblia- Amai ao próximo como a ti mesmo.
Aos amigos médiuns, eu peço, ouçam meu conselho... Afastai-vos dos espíritos trevosos. Isto não significa se dedicar exclusivamente aos compromissos mediúnicos, não... Ser espírita está muito além de simplesmente frequentar uma reunião de médiuns de Kardec ou de estar toda semana no terreiro. Significa ser vigilante; compreender o próximo; não criticar os irmãos; falar; e ouvir, muito mais do que falar. Vossa língua pode ser a vossa redenção ou condenação. Dela saem palavras que ferem mais que adagas, pois são capazes de chegar até a alma.
O mais importante, e o mais difícil de tudo é o PERDÃO. Esta palavra de 6 letras é tão fácil de entender e tão complexa de praticar. Quanto é difícil engolir o orgulho, apagar temporariamente nossos sofrimentos e as consequências que os atos alheios causam em nossas vidas. O perdão é o alívio de nossa alma quando temos sentimentos de rancor para com o outro. Devemos tentar afirmar que conseguiremos perdoar sempre o próximo, apesar de sabermos que temos um longo caminho a percorrer.
E os nossos guias? Como se comportam quando estamos compactuando com a influência que recebemos de espíritos de baixa vibração? Certamente, eles não dão apoio e temporariamente se afastarão de nós, por pura teimosia de nossa parte e um tênue desejo de se manter na companhia profana dos trevosos. Como já diz o Pai Nosso - "Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos de todo mal." Que nossos guias estejam sempre a nosso lado, nos livrando das influências malignas...
Que nosso espírito evolua sempre no sentido de perdoar, compreender, auxiliar, aconselhar e amparar ao próximo, afinal como diz a Bíblia- Amai ao próximo como a ti mesmo.
Homenagem a Nossa Senhora da Conceição
Quarta feira foi um dia muito importante para vários espiritualistas deste país. O 08 de dezembro, dia dedicado a Oxum, ou em algumas localidades à Iemanjá.
Seja o sincretismo feito a uma ou a outra, ambas são Orixás poderosas, senhoras das águas.
Oxum, a rainha das águas doces e cachoeiras; bela, jovem, vaidosa, que gosta muito de ouro e cega seus inimigos com seu espelho.
Iemanjá; rainha das águas salgadas, o mar; a orixá das cores branca e azul; dona de riquezas do reino profundo dos oceanos, como as pérolas; cuidadora das cabeças de todos os filhos não iniciados nas religiões africanas.
Irei me ater ao sincretismo que conheço, que é com Oxum...
Que Oxum abençoe a todos os seus filhos, dando paz, caminhos abertos, removendo a vaidade, proporcionando fartura. Dai-lhes serenidade e jovialidade. Que assim como as águas de uma cachoeira são capazes de fluir sem parar em obstáculos, seus filhos encontrem a força para seguir adiante em suas vidas.
Ora yé yé Oxum!
Seja o sincretismo feito a uma ou a outra, ambas são Orixás poderosas, senhoras das águas.
Oxum, a rainha das águas doces e cachoeiras; bela, jovem, vaidosa, que gosta muito de ouro e cega seus inimigos com seu espelho.
Iemanjá; rainha das águas salgadas, o mar; a orixá das cores branca e azul; dona de riquezas do reino profundo dos oceanos, como as pérolas; cuidadora das cabeças de todos os filhos não iniciados nas religiões africanas.
Irei me ater ao sincretismo que conheço, que é com Oxum...
Que Oxum abençoe a todos os seus filhos, dando paz, caminhos abertos, removendo a vaidade, proporcionando fartura. Dai-lhes serenidade e jovialidade. Que assim como as águas de uma cachoeira são capazes de fluir sem parar em obstáculos, seus filhos encontrem a força para seguir adiante em suas vidas.
Ora yé yé Oxum!
sábado, 4 de dezembro de 2010
Eparrei Oyá - Salve Iansã...
04 de dezembro... Dia de Santa Bárbara. No sincretismo religioso, Iansã, também conhecida como Oyá. A mãe dos nove; a controladora dos ventos e tempestades; a manipuladora do fogo; a paixão de Xangô; a disputada por Ogum; aquela que seduziu diversos orixás tais como Oxóssi... Salve Iansã. Com seu charme, vitalidade, beleza e força. A menina do cabelo louro, a dona do jacutá, a moradora da mina de ouro. Sim, é ela. Envolvente, sincera, franca, lutadora, GUERREIRA... que nada tem de vulgar.
Salve sua contas laranja e branca; salve suas pedras de cores vermelhas, corais; salve seu elemento que é o fogo; salve seu dia de vibração que é a quarta feira.
Que Deus tenha piedade daqueles que lhe depreciam ou que não lhe conhecem. Protejanos das guerras, da morte trágica. Afaste-nos dos eguns e espíritos de baixa vibração que desejem semear a discórdia e a guerra.
Enfim, que a maravilhosa senhora dos ventos, sempre abençoe a todos e a mim, sua filha, minha querida mãe...
EPARREY IANSÃ!
Salve sua contas laranja e branca; salve suas pedras de cores vermelhas, corais; salve seu elemento que é o fogo; salve seu dia de vibração que é a quarta feira.
Que Deus tenha piedade daqueles que lhe depreciam ou que não lhe conhecem. Protejanos das guerras, da morte trágica. Afaste-nos dos eguns e espíritos de baixa vibração que desejem semear a discórdia e a guerra.
Enfim, que a maravilhosa senhora dos ventos, sempre abençoe a todos e a mim, sua filha, minha querida mãe...
EPARREY IANSÃ!
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
A outra face...
As vezes penso como a mesma mão que uma hora lhe afaga o rosto, em outro momento pode ferir-lhe a face. Como o mestre Jesus Cristo disse em uma passagem da Bíblia: se lhe deres um tapa, oferecei a outra face... Esta passagem não nos ensina a ser tolos frente a agressões, a sermos fracos, a permitimos de sermos enganados... não, nada disso. Ela nos ensina a arte do perdão. Sim. A capacidade de dar ao outro uma nova chance, para trilhar um caminho diferente ou simplesmente redimir-se de seus erros... Não podemos negar a um irmão esse direito, não mesmo...
Que sempre estejamos dispostos a fornecer a outra face, uma vez que negá-la irá atrapalhar o nosso desenvolvimento e de nosso irmão necessitado...
Paz e bem!
Que sempre estejamos dispostos a fornecer a outra face, uma vez que negá-la irá atrapalhar o nosso desenvolvimento e de nosso irmão necessitado...
Paz e bem!
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
As dores da alma
Penso muito no quanto nossa alma se padece dos sentimentos... Ora, se os sentimentos não existissem isto não nos faria humanos...Já pensaste nisto caro leitor? Quantas vezes você não sentiu uma dor tão profunda em sua alma que pensou que fosse morrer por ela. Pois bem, mas certamente você superou a adversidade e isto é o mais importante.
Quantas adversidades e obstáculos hão de aparecer em nossos caminhos ao longo da caminhada que nos leva à evolução? Ei, quanto o mineral provavelmente não "sofreu" para que deixasse de habitar a forma de mineral? Que pretensão a nossa seria se esperássemos que, na evolução em direção ao estado de Arcanjo, mais próximo do Criador, da perfeição divina, também nós não sofressemos intensas transformações... Ah, irmãos, quão prazeroso seria se pudessemos viver sem nos preocuparmos com problemas terrenos. Mas, isto não nos faria ir adiante.
As adversidades surgem justamente para que nós possamos praticar nosso livre arbítrio sobre elas.Se não tivessemos situações ruins não seriamos postos à prova com relação a pureza de nossos sentimentos, as consequências de nossas más escolhas, a capacidade de compreensão do outro, e tantas outras coisas que são descobertas apenas nas situações da mais profunda tristeza...
E os momentos introspectivos... aquela vontade repentina e iminente de ficar sozinho no mundo... Não, você não está louco. É um momento seu, é um momento do seu EU. Uma das poucas vezes onde você poderá tomar decisões perfeitas, sem a interferência do outro. É uma hora de plenitude do seu espírito em toda sua manifestação sobre seu rústico envoltório terreno. Isto é perfeitamente normal.
Portanto, reitero a necessidade de força em momentos difíceis, de não perder a vontade de vencer, de não deixar cair a sua fé... Tirem força de onde não existe, ou melhor, ela existe sim... e a jazida deste bem tão precioso está dentro de você... é aquilo de mais valioso que você tem... o seu espírito...
Caminhe sempre olhando adiante, pois Deus estará sempre a sua frente lhe guiando...
Quantas adversidades e obstáculos hão de aparecer em nossos caminhos ao longo da caminhada que nos leva à evolução? Ei, quanto o mineral provavelmente não "sofreu" para que deixasse de habitar a forma de mineral? Que pretensão a nossa seria se esperássemos que, na evolução em direção ao estado de Arcanjo, mais próximo do Criador, da perfeição divina, também nós não sofressemos intensas transformações... Ah, irmãos, quão prazeroso seria se pudessemos viver sem nos preocuparmos com problemas terrenos. Mas, isto não nos faria ir adiante.
As adversidades surgem justamente para que nós possamos praticar nosso livre arbítrio sobre elas.Se não tivessemos situações ruins não seriamos postos à prova com relação a pureza de nossos sentimentos, as consequências de nossas más escolhas, a capacidade de compreensão do outro, e tantas outras coisas que são descobertas apenas nas situações da mais profunda tristeza...
E os momentos introspectivos... aquela vontade repentina e iminente de ficar sozinho no mundo... Não, você não está louco. É um momento seu, é um momento do seu EU. Uma das poucas vezes onde você poderá tomar decisões perfeitas, sem a interferência do outro. É uma hora de plenitude do seu espírito em toda sua manifestação sobre seu rústico envoltório terreno. Isto é perfeitamente normal.
Portanto, reitero a necessidade de força em momentos difíceis, de não perder a vontade de vencer, de não deixar cair a sua fé... Tirem força de onde não existe, ou melhor, ela existe sim... e a jazida deste bem tão precioso está dentro de você... é aquilo de mais valioso que você tem... o seu espírito...
Caminhe sempre olhando adiante, pois Deus estará sempre a sua frente lhe guiando...
sábado, 20 de novembro de 2010
Espíritas, uni-vos
Penso muito a respeito da vaidade que percorre as vertentes do espiritismo. Ora, alguns tem prazer em dizer: "O meu caboclo é muito poderoso" ou "O meu preto-velho é muito forte". O que é isso irmãos? A vaidade corrompe o ser humano e nos leva por caminhos trevosos, que apenas nos aproximam de espíritos zombeteiros, obsessores, vampiros ou de baixas vibrações, que sugam a nossa energia e destroem a nossa mediunidade, que é um bem muito precioso que temos. Não vamos deixar esta brecha aberta para eles. Devemos nos policiar sempre para nos manter a caminho da luz e na influência dos bons espíritos, para que estes guiem nossa evolução.
Outra coisa comum é a separação entre o espiritismo (cardecismo) e o espiritualismo (seja de umbanda ou candomblé). No mundo espiritual não há essas separações. Isto é confirmado no livro Tambores de Angola. Todos somos irmãos e acreditamos em algumas coisas em comum. A primeira coisa em comum é a crença em DEUS. A outra diz respeito a acreditarmos num mundo bem maior do que esse, invisível aos olhos da maioria, que nos engloba e interfere diretamente nas nossas atitudes. Ou seja, no fundo no fundo todos nós somos espíritas, independente da linha que venhamos a seguir, e o mais importante disto tudo, é a reunião de todos nós para a promoção de um mundo melhor, mais justo, sincero, honesto e de paz...
Dia da Consciência Negra
Hoje, dia 20 de novembro, é sempre momento de relembrar o movimento de resistência dos negros liderados por Zumbi dos Palmares...
Ah, os quilombos... A resistência e luta de um povo frente a dominação de outro povo que considerava sua cultura como a perfeição suprema. Devemos ser gratos aos negros pela capoeira, pelo samba, pela feijoada, pela religião espiritualista em si, pelas cantigas, enfim pela força e tolerância de uma cultura rica que nao se deixou dominar pelo homem branco...
Aos espíritos de negros que nos acompanham sendo nossos guias espirituais, os pretos-velhos, devemos prestar nossa homenagem e gratidão, pois, com sua paciência em nos compreender apesar de nossos erros e atos de teimosia, nos acolhem e auxiliam com conselhos, quebram quizilias e nos mantem distantes do mal...
Enfim, a data de hoje é um momento de alegria, mas também de reflexão. Fiquemos felizes com a valorização de tudo originário e relativo aos negros...
Bom feriado e axé!!!
Ah, os quilombos... A resistência e luta de um povo frente a dominação de outro povo que considerava sua cultura como a perfeição suprema. Devemos ser gratos aos negros pela capoeira, pelo samba, pela feijoada, pela religião espiritualista em si, pelas cantigas, enfim pela força e tolerância de uma cultura rica que nao se deixou dominar pelo homem branco...
Aos espíritos de negros que nos acompanham sendo nossos guias espirituais, os pretos-velhos, devemos prestar nossa homenagem e gratidão, pois, com sua paciência em nos compreender apesar de nossos erros e atos de teimosia, nos acolhem e auxiliam com conselhos, quebram quizilias e nos mantem distantes do mal...
Enfim, a data de hoje é um momento de alegria, mas também de reflexão. Fiquemos felizes com a valorização de tudo originário e relativo aos negros...
Bom feriado e axé!!!
domingo, 14 de novembro de 2010
Obsessores, gente como a gente
O trato com a obsessão deve ser iluminado pelo amor fraterno. Os espíritos são gente como a gente. É gente que sofre e que, portanto, precisa de compreensão e paciência.
São pessoas em conflito consigo mesmas e, portanto, com os outros, com o mundo, com a vida, com Deus e com o próprio amor.
É um ser humano, uma pessoa. O que ele deseja, embora nunca o admita espontaneamente, é que tenhamos paciência para ouvi-lo, compreendê-lo, cuidar da sua dor, ainda que conscientemente também não a reconheça.
- Hermínio Correa Miranda, respeitado pesquisador, escritor, autor de mais de 30 obras do gênero).
A obsessão espiritual, na qualidade de doença ainda não catalogada nos manuais de medicina - que se estrutura em bases materialistas (o critério cientifico vigente é puramente organicista) e, portanto, não leva em consideração a existência da alma, do espírito -, mostra-se um dos mais antigos flagelos da humanidade, uma verdadeira epidemia.
Nas minhas observações clinicas em meu consultório tenho constatado que 95% de meus pacientes tem como causa de seus problemas o assédio de espíritos obsessores. A obsessão ocorre pela ação de espíritos desencarnados não esclarecidos, vingativos, que foram prejudicados em vidas passadas pelos pacientes.
Os efeitos da obsessão não se limitam às perturbações mentais do paciente, mas podem causar doenças mais complexas nem sempre diagnosticadas pela medicina, portanto, ainda não inseridas nos tratados de patologia médica.
Desta forma, se de um lado a obsessão espiritual é ignorada pela ciência materialista, do outro a Igreja a deturpa, considerando-a como atuação dos demônios. O filme Exorcista que foi passado há tempos nos cinemas, ilustra claramente a visão deturpada da Igreja Católica no trato com a obsessão espirítica.
É importante ressaltar que obsessores não são demônios, porque demônios não existem. O que existem são seres humanos como nós, dotados de razão e sentimentos, que sofrem e que também precisam de ajuda (embora a maioria não reconheça que precisa de ajuda, pois são movidos pelo ódio e desejo de vingança).
Aliás, não gosto dessa palavra obsessor, prefiro o termo presença espiritual, pois obsessor tem uma conotação discriminatória, vendo-o como o algoz e o obsediado (paciente) como a vitima. Em verdade, o paciente é vitima hoje, mas em vidas passadas foi o algoz, pois prejudicou o seu obsessor assassinando-o, estuprando-o, humilhando-o, etc.
Portanto, o algoz de hoje não passa de uma vitima do passado.Desta forma, na obsessão, o que ocorre é uma inversão de papéis. Em muitos casos, tais inversões (algoz e vítima) perduram em várias encarnações.
Neste aspecto, enquanto o ser humano alimentar sentimentos de ódio e vingança, a obsessão espiritual existirá ainda por muito tempo na crosta terrestre.
Certa ocasião, um paciente veio em meu consultório por conta de um zumbido que escutava ininterruptamente (24 horas) e que ia se agravando no decorrer do tempo.
Submeteu-se a todos os exames médicos necessários (audiometria, ressonância magnética) sem identificar a causa de seu problema.
Na primeira sessão de regressão, após iniciarmos, sua esposa que o acompanhava na regressão incorporou (era uma médium de incorporação consciente) uma entidade obsessora que disse ao paciente: Canalha, lembra de mim? Ou está se fazendo de esquecido? (O véu de esquecimento do passado não nos deixa recordar as nossas lembranças reencarnatórias).
Doutor, esse canalha não vale nada!
Se o senhor soubesse quem é esse crápula, nem iria ajudá-lo mais. Ele tirou a minha vida, a minha esposa e roubou todo o meu dinheiro. Eu tenho todos os motivos para acabar com a vida dele. O senhor concorda comigo?
Respondi que, enquanto terapeuta, não estava para julgar ninguém, mas para ajudar a todos, inclusive ele, caso quisesse.
Em seguida, perguntei-lhe se era ele que estava provocando o zumbido no paciente. Respondeu-me com uma sonora gargalhada.
Os obsessores espirituais utilizam diversas armas espirituais; no caso dele, introduziu no ouvido (perispírito) do paciente um artefato fluídico, imaterial, portanto, não detectável por nenhum aparelho médico, e que estava provocando esse zumbido com o intuito de perturbá-lo, enlouquecê-lo.
A cura da obsessão, conforme pregava o grande mestre Jesus, se dá através do amor e do perdão, ou seja, da reconciliação. Kardec, o codificador do Espiritismo dizia: Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso meio de que se dispõe para demover do obsessor o seu propósito maléfico. (Allan Kardec, no livro ‘A Gênese’).
Portanto, a única terapêutica a ser aplicada para casos de obsessão espiritual é o perdão mútuo para que ambos - obsessor e obsediado - possam se libertar das amarras do passado.
Adaptado de Osvaldo Shimoda
São pessoas em conflito consigo mesmas e, portanto, com os outros, com o mundo, com a vida, com Deus e com o próprio amor.
É um ser humano, uma pessoa. O que ele deseja, embora nunca o admita espontaneamente, é que tenhamos paciência para ouvi-lo, compreendê-lo, cuidar da sua dor, ainda que conscientemente também não a reconheça.
- Hermínio Correa Miranda, respeitado pesquisador, escritor, autor de mais de 30 obras do gênero).
A obsessão espiritual, na qualidade de doença ainda não catalogada nos manuais de medicina - que se estrutura em bases materialistas (o critério cientifico vigente é puramente organicista) e, portanto, não leva em consideração a existência da alma, do espírito -, mostra-se um dos mais antigos flagelos da humanidade, uma verdadeira epidemia.
Nas minhas observações clinicas em meu consultório tenho constatado que 95% de meus pacientes tem como causa de seus problemas o assédio de espíritos obsessores. A obsessão ocorre pela ação de espíritos desencarnados não esclarecidos, vingativos, que foram prejudicados em vidas passadas pelos pacientes.
Os efeitos da obsessão não se limitam às perturbações mentais do paciente, mas podem causar doenças mais complexas nem sempre diagnosticadas pela medicina, portanto, ainda não inseridas nos tratados de patologia médica.
Desta forma, se de um lado a obsessão espiritual é ignorada pela ciência materialista, do outro a Igreja a deturpa, considerando-a como atuação dos demônios. O filme Exorcista que foi passado há tempos nos cinemas, ilustra claramente a visão deturpada da Igreja Católica no trato com a obsessão espirítica.
É importante ressaltar que obsessores não são demônios, porque demônios não existem. O que existem são seres humanos como nós, dotados de razão e sentimentos, que sofrem e que também precisam de ajuda (embora a maioria não reconheça que precisa de ajuda, pois são movidos pelo ódio e desejo de vingança).
Aliás, não gosto dessa palavra obsessor, prefiro o termo presença espiritual, pois obsessor tem uma conotação discriminatória, vendo-o como o algoz e o obsediado (paciente) como a vitima. Em verdade, o paciente é vitima hoje, mas em vidas passadas foi o algoz, pois prejudicou o seu obsessor assassinando-o, estuprando-o, humilhando-o, etc.
Portanto, o algoz de hoje não passa de uma vitima do passado.Desta forma, na obsessão, o que ocorre é uma inversão de papéis. Em muitos casos, tais inversões (algoz e vítima) perduram em várias encarnações.
Neste aspecto, enquanto o ser humano alimentar sentimentos de ódio e vingança, a obsessão espiritual existirá ainda por muito tempo na crosta terrestre.
Certa ocasião, um paciente veio em meu consultório por conta de um zumbido que escutava ininterruptamente (24 horas) e que ia se agravando no decorrer do tempo.
Submeteu-se a todos os exames médicos necessários (audiometria, ressonância magnética) sem identificar a causa de seu problema.
Na primeira sessão de regressão, após iniciarmos, sua esposa que o acompanhava na regressão incorporou (era uma médium de incorporação consciente) uma entidade obsessora que disse ao paciente: Canalha, lembra de mim? Ou está se fazendo de esquecido? (O véu de esquecimento do passado não nos deixa recordar as nossas lembranças reencarnatórias).
Doutor, esse canalha não vale nada!
Se o senhor soubesse quem é esse crápula, nem iria ajudá-lo mais. Ele tirou a minha vida, a minha esposa e roubou todo o meu dinheiro. Eu tenho todos os motivos para acabar com a vida dele. O senhor concorda comigo?
Respondi que, enquanto terapeuta, não estava para julgar ninguém, mas para ajudar a todos, inclusive ele, caso quisesse.
Em seguida, perguntei-lhe se era ele que estava provocando o zumbido no paciente. Respondeu-me com uma sonora gargalhada.
Os obsessores espirituais utilizam diversas armas espirituais; no caso dele, introduziu no ouvido (perispírito) do paciente um artefato fluídico, imaterial, portanto, não detectável por nenhum aparelho médico, e que estava provocando esse zumbido com o intuito de perturbá-lo, enlouquecê-lo.
A cura da obsessão, conforme pregava o grande mestre Jesus, se dá através do amor e do perdão, ou seja, da reconciliação. Kardec, o codificador do Espiritismo dizia: Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso meio de que se dispõe para demover do obsessor o seu propósito maléfico. (Allan Kardec, no livro ‘A Gênese’).
Portanto, a única terapêutica a ser aplicada para casos de obsessão espiritual é o perdão mútuo para que ambos - obsessor e obsediado - possam se libertar das amarras do passado.
Adaptado de Osvaldo Shimoda
sábado, 13 de novembro de 2010
Prece de Cáritas
DEUS, nosso Pai, que sois todo poder e bondade, dai forca àquele que passa pela provação; dai luz àquele que procura a verdade, pondo no coração do homem a compaixão e a caridade.
Deus, dai ao viajor a estrela guia; ao aflito a consolação; ao doente o repouso. Pai, dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, a criança o guia, ao órfão o pai.
Senhor, que a vossa bondade se estenda sobre tudo que Criastes. Piedade Senhor, para aqueles que não vos conhecem, esperança para aqueles que sofrem. Que a Vossa bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda parte a paz, a esperança e a fé.
Deus, um raio, uma faísca do Vosso amor pode abrasar a terra. Deixa-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita e todas as lágrimas secarão, todas as dores acalmar-se-ão. Um só coração, um só pensamento subirá até Vós como um grito de reconhecimento e amor. Como Moisés sobre a montanha, nos Vós esperamos com os braços abertos, oh! Poder... oh! Bondade... oh! Beleza... oh! Perfeição, e queremos de alguma sorte alcançar a Vossa misericórdia. Deus, dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até Vós. Dai-nos a caridade pura; dai-nos a fé e a razão; dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas, o espelho onde deve refletir a Vossa Santa e Misericordiosa imagem.
Que assim seja...
Deus, dai ao viajor a estrela guia; ao aflito a consolação; ao doente o repouso. Pai, dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, a criança o guia, ao órfão o pai.
Senhor, que a vossa bondade se estenda sobre tudo que Criastes. Piedade Senhor, para aqueles que não vos conhecem, esperança para aqueles que sofrem. Que a Vossa bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda parte a paz, a esperança e a fé.
Deus, um raio, uma faísca do Vosso amor pode abrasar a terra. Deixa-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita e todas as lágrimas secarão, todas as dores acalmar-se-ão. Um só coração, um só pensamento subirá até Vós como um grito de reconhecimento e amor. Como Moisés sobre a montanha, nos Vós esperamos com os braços abertos, oh! Poder... oh! Bondade... oh! Beleza... oh! Perfeição, e queremos de alguma sorte alcançar a Vossa misericórdia. Deus, dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até Vós. Dai-nos a caridade pura; dai-nos a fé e a razão; dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas, o espelho onde deve refletir a Vossa Santa e Misericordiosa imagem.
Que assim seja...
Importante saber sobre os obsessores
Allan Kardec assim orienta: a obsessão é uma influência de um espírito desencarnado, malévolo, sobre um encarnado que pode ocorrer também entre encarnado para encarnado e encarnado para desencarnado. A faculdade mediúnica é para os obsessores apenas um meio de se manifestarem; na sua falta, tentarão outras maneiras para perturbarem. Eles conseguem exercer influência sobre certas pessoas e podem se prender àqueles com que têm forma de pensar semelhante naquele momento da sua vida.
Existem médiuns que são perseguidos e passam a agir de maneira grosseira e até obscena, ficam alheios a qualquer raciocínio; quando criticados se melindram e fazem teimar com aqueles que não partilham da sua atenção. De acordo com a doutrina espírita, devemos repelir o obsessor da mesma maneira que fechamos nossa casa aos importunos.
Mesmo as melhores pessoas podem em algum momento ter problemas com os obsessores, mas não há pior cego do que aquele que não quer ver, e ninguém pode curar um doente que se obstina em conservar sua doença e nela se compraz. Em trinta anos de exercício mediúnico (umbanda, candomblé e espiritismo), afirmo que a grande maioria dos obssediados está semi-inconsciente (98%) enquanto que poucos ficam inconscientes (2%) ou seja, apesar da ação inoportuna existe a consciência do que está ocorrendo.
Porém, não é proibindo alguém de frequentar um centro espiritual que irá cessar o problema, ao contrário: ele deve entender que é o único responsável para obter o poder de resistir, o que é evidentemente mais fácil do que lutar contra sua própria natureza mediúnica.
Para o espiritismo não existem médiuns "possuídos" por espíritos, mas sim a influência de espíritos obsessores simples, fascinados e subjugados.
Obsessores simples
O médium sabe que está sob a má influência, pois tudo o que fala tem a intenção de criar obstáculos a todo tipo de comunicação. Nesta categoria podemos citar a obsessão física, que consiste nas manifestações ruidosas e obstinadas de certos espíritos através de pancadas ou outros ruídos.
Obsessores fascinados
Produzem uma ilusão sobre o pensamento do médium que paralisa de algum modo sua capacidade de julgar seus atos. É um erro acreditar que esse tipo de obsessão pode atingir somente as pessoas simples; os mais inteligentes não estão isentos disso. A sua tática é quase sempre inspirar o médium a se distanciar de todo aquele que possa lhe abrir os olhos. Assim, evitando a contradição, estão certos de ter sempre a razão.
Obsessores subjugados
Paralisam a vontade do médium e o faz agir fora da sua normalidade. Está, numa palavra, sob um verdadeiro jugo. A obsessão corporal muitas vezes tira do médium a energia necessária para dominá-lo - é preciso a intervenção de uma segunda pessoa que, agindo com sua superioridade moral, se impõe aos espíritos.
Como evitar os obsessores?
Você já deve ter conhecido pessoas que só reclamam. Neste caso, o espiritismo orienta que devemos destruir esse domínio, colocando-se em guarda com seu anjo, a ponto de a ação do obsessor sucumbir.
Por melhor que seja o caráter de alguém, os motivos da obsessão variam, mas sua única intenção é o desejo de fazer o mal; como sofrem, querem fazer os outros sofrerem; sentem prazer em atormentar o médium e os mais próximos. Esses espíritos agem por ódio e inveja do bem; é por isso que atormentam as pessoas mais honestas.
Dois fatores se mostram essenciais: provar ao obsessor que é impossível enganar o médium e cansar-lhe a paciência ao se mostrar mais paciente do que ele. Quando ele estiver convencido de que perde seu tempo, acabará por se retirar, como fazem os importunos a quem não damos ouvidos.
O médium deve fazer um apelo fervoroso ao seu anjo protetor (quando médiuns experientes o orientam, o obsediado diz que já rezou, porém não o fez) e tratá-lo com firmeza, orando em nome de Deus, Jesus e seu anjo da guarda. O problema é que, muitas vezes, essa é a única maneira que o médium tem de expor seu desagravo diante uma situação.
Como saber se o médium está obsediado?
- O propósito é o de constrangimento
- Chocam o bom senso
- Persistência na comunicação (escrita, audição ou visual)
- Crença na infalibilidade da sua comunicação
- Ele se afasta das pessoas que podem lhe fazer advertências úteis
- Age ou fala contra sua vontade
- Ruídos e desordens acontecem ao seu redor.
Conselhos gerais:
Não existe nenhum procedimento material, nenhuma fórmula e, principalmente, palavras sacramentais que tenham o poder de afastar os obsessores. O que não pode faltar ao médium é força de vontade suficiente para tomar uma atitude. Não se pode atribuir à ação direta dos maus espíritos todo dissabor que esteja acontecendo na sua vida. Muitas vezes, os problemas são a consequência da negligência ou da imprevidência.
Também sabemos que 35% da população mundial têm experiências místicas e a medicina aceita estes fenômenos, mas não se pode descartar a possibilidade de problemas psicológicos ou psiquiátricos, onde tudo deve ser averiguado.
Adaptado de Mônica Buonfiglio
Existem médiuns que são perseguidos e passam a agir de maneira grosseira e até obscena, ficam alheios a qualquer raciocínio; quando criticados se melindram e fazem teimar com aqueles que não partilham da sua atenção. De acordo com a doutrina espírita, devemos repelir o obsessor da mesma maneira que fechamos nossa casa aos importunos.
Mesmo as melhores pessoas podem em algum momento ter problemas com os obsessores, mas não há pior cego do que aquele que não quer ver, e ninguém pode curar um doente que se obstina em conservar sua doença e nela se compraz. Em trinta anos de exercício mediúnico (umbanda, candomblé e espiritismo), afirmo que a grande maioria dos obssediados está semi-inconsciente (98%) enquanto que poucos ficam inconscientes (2%) ou seja, apesar da ação inoportuna existe a consciência do que está ocorrendo.
Porém, não é proibindo alguém de frequentar um centro espiritual que irá cessar o problema, ao contrário: ele deve entender que é o único responsável para obter o poder de resistir, o que é evidentemente mais fácil do que lutar contra sua própria natureza mediúnica.
Para o espiritismo não existem médiuns "possuídos" por espíritos, mas sim a influência de espíritos obsessores simples, fascinados e subjugados.
Obsessores simples
O médium sabe que está sob a má influência, pois tudo o que fala tem a intenção de criar obstáculos a todo tipo de comunicação. Nesta categoria podemos citar a obsessão física, que consiste nas manifestações ruidosas e obstinadas de certos espíritos através de pancadas ou outros ruídos.
Obsessores fascinados
Produzem uma ilusão sobre o pensamento do médium que paralisa de algum modo sua capacidade de julgar seus atos. É um erro acreditar que esse tipo de obsessão pode atingir somente as pessoas simples; os mais inteligentes não estão isentos disso. A sua tática é quase sempre inspirar o médium a se distanciar de todo aquele que possa lhe abrir os olhos. Assim, evitando a contradição, estão certos de ter sempre a razão.
Obsessores subjugados
Paralisam a vontade do médium e o faz agir fora da sua normalidade. Está, numa palavra, sob um verdadeiro jugo. A obsessão corporal muitas vezes tira do médium a energia necessária para dominá-lo - é preciso a intervenção de uma segunda pessoa que, agindo com sua superioridade moral, se impõe aos espíritos.
Como evitar os obsessores?
Você já deve ter conhecido pessoas que só reclamam. Neste caso, o espiritismo orienta que devemos destruir esse domínio, colocando-se em guarda com seu anjo, a ponto de a ação do obsessor sucumbir.
Por melhor que seja o caráter de alguém, os motivos da obsessão variam, mas sua única intenção é o desejo de fazer o mal; como sofrem, querem fazer os outros sofrerem; sentem prazer em atormentar o médium e os mais próximos. Esses espíritos agem por ódio e inveja do bem; é por isso que atormentam as pessoas mais honestas.
Dois fatores se mostram essenciais: provar ao obsessor que é impossível enganar o médium e cansar-lhe a paciência ao se mostrar mais paciente do que ele. Quando ele estiver convencido de que perde seu tempo, acabará por se retirar, como fazem os importunos a quem não damos ouvidos.
O médium deve fazer um apelo fervoroso ao seu anjo protetor (quando médiuns experientes o orientam, o obsediado diz que já rezou, porém não o fez) e tratá-lo com firmeza, orando em nome de Deus, Jesus e seu anjo da guarda. O problema é que, muitas vezes, essa é a única maneira que o médium tem de expor seu desagravo diante uma situação.
Como saber se o médium está obsediado?
- O propósito é o de constrangimento
- Chocam o bom senso
- Persistência na comunicação (escrita, audição ou visual)
- Crença na infalibilidade da sua comunicação
- Ele se afasta das pessoas que podem lhe fazer advertências úteis
- Age ou fala contra sua vontade
- Ruídos e desordens acontecem ao seu redor.
Conselhos gerais:
Não existe nenhum procedimento material, nenhuma fórmula e, principalmente, palavras sacramentais que tenham o poder de afastar os obsessores. O que não pode faltar ao médium é força de vontade suficiente para tomar uma atitude. Não se pode atribuir à ação direta dos maus espíritos todo dissabor que esteja acontecendo na sua vida. Muitas vezes, os problemas são a consequência da negligência ou da imprevidência.
Também sabemos que 35% da população mundial têm experiências místicas e a medicina aceita estes fenômenos, mas não se pode descartar a possibilidade de problemas psicológicos ou psiquiátricos, onde tudo deve ser averiguado.
Adaptado de Mônica Buonfiglio
sábado, 16 de outubro de 2010
Homenagem ao 12 de outubro
Na última terça feira comemoramos o dia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, sincretizada na Umbanda como Oxum, na qualidade de Oxum Apará... Abaixo apresenta-se algumas características desta bela orixá...
Generosa e digna, Oxum é a rainha de todos os rios e cachoeiras. Vaidosa, é a mais importante entre as mulheres da cidade, a Ialodê. É a dona da fecundidade das mulheres, a dona do grande poder feminino.
Generosa e digna, Oxum é a rainha de todos os rios e cachoeiras. Vaidosa, é a mais importante entre as mulheres da cidade, a Ialodê. É a dona da fecundidade das mulheres, a dona do grande poder feminino.
Oxum é a deusa mais bela e mais sensual. É a própria vaidade, dengosa e formosa, paciente e bondosa, mãe que amamenta e ama. Um de seus oriquis, visto com mais atenção, revela o zelo de Oxum com seus filhos.
O primeiro filho de Oxum chama-se Ide, é uma verdadeira jóia, uma argola de cobre que todos os iniciados de Oxum devem colocar nos seus braços. Oxum não vê defeitos nos seus filhos, não vê sujidade. Os seus filhos, para ela, são verdadeiras jóias, e ela só consegue ver seu brilho.
É por isso que Oxum é a mãe das crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que adquiram a sua independência. Seus filhos, melhor, as suas jóias, são a sua maior riqueza.
É por isso que Oxum é a mãe das crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que adquiram a sua independência. Seus filhos, melhor, as suas jóias, são a sua maior riqueza.
Características dos filhos de Oxum
Dão muito valor à opinião pública, fazem qualquer coisa para não chocá-la, preferindo contornar as suas diferenças com habilidade e diplomacia. São obstinadas na procura dos seus objectivos.
Oxum é o arquétipo daqueles que agem com estratégia, que jamais esquecem as suas finalidades; atrás da sua imagem doce esconde-se uma forte determinação e um grande desejo de ascensão social.
Têm uma certa tendência para engordar, a imagem do gordinho risonho e bem-humorado combina com eles. Gostam de festas, vida social e de outros prazeres que a vida lhes possa oferecer. Tendem a uma vida sexual intensa, mas com muita discrição, pois detestam escândalos.
Não se desesperam por paixões impossíveis, por mais que gostem de uma pessoa, o seu amor-próprio é muito maior. Eles são narcisistas demais para gostar muito de alguém. Graça, vaidade, elegância, uma certa preguiça, charme e beleza definem os filhos de Oxum, que gostam de jóias, perfumes, roupas vistosas e de tudo que é bom e caro.
O lado espiritual dos filhos de Oxum é bastante aguçado. Talvez por isso, algumas das maiores Yalorixás da história do Candomblé, tenham sido ou sejam de Oxum.
Este é um orixá com muitas similaridades entre OXUM e OYÁ, pois podemos falar que ela e meta-meta, em uma parte do ano ela é OXUM e na outra ela passa a ser OYÁ, guerreira e destemida, dona da fortuna. Este orixá também tem seus rompantes, uma hora é doce como um rio calmo e derrepente torna-se uma tempestade.
Seus filhos normalmente tem as mesmas características, sendo pessoas de boa índole, porem não aceitam serem mandadas por ninguém, normalmente eles sempre são os donos das situações, tomando sempre a frente, para que nada de errado.
O mesmo que acontece com OXUM APARÁ, guerreira, dócil e sempre vencendo em suas batalhas, não se importando quem será o oponente, ela que é guerrear, parceira de lutas com OGUM, grande afinidades com EXÚ, pois dizem que ela conseguiu ludibria-lo, tomando os segredos dos BÚZIOS (ifá) para ela, sendo a única a ter os segredos.
Um orixá que tem ligações de feitiços com IYAMI OSHORONGÁ, sendo a única a saber como fazer os feitiços e desmancha-los.
Seus filhos normalmente tem as mesmas características, sendo pessoas de boa índole, porem não aceitam serem mandadas por ninguém, normalmente eles sempre são os donos das situações, tomando sempre a frente, para que nada de errado.
O mesmo que acontece com OXUM APARÁ, guerreira, dócil e sempre vencendo em suas batalhas, não se importando quem será o oponente, ela que é guerrear, parceira de lutas com OGUM, grande afinidades com EXÚ, pois dizem que ela conseguiu ludibria-lo, tomando os segredos dos BÚZIOS (ifá) para ela, sendo a única a ter os segredos.
Um orixá que tem ligações de feitiços com IYAMI OSHORONGÁ, sendo a única a saber como fazer os feitiços e desmancha-los.
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