quarta-feira, 2 de março de 2011

Reflita sobre sua mediunidade por um momento

Já imaginei minha mediunidade como um dom; na maior parte do tempo imaginei-a como um fardo, um castigo. Hoje a vejo como um propósito. Sim, um propósito! Porque Deus daria a um filho uma capacidade que seria um fardo? Para vê-lo sofrer? Isto é um contraponto com a imensa benevolência, bondade e capacidade de perdão do Altíssimo... Ele nos proporciona a mediunidade unicamente por amor, uma vez que esta é uma forma de redimirmos nossos erros de existências passadas.
Óbvio, ser médium não é fácil. Várias pessoas são tomadas por loucas quando afirmam suas capacidades de contactar o invisível através de visões, audições, sensibilidades além do que os órgão terrenos dos sentidos podem captar. Estas pessoas lotam as clínicas psiquiátricas, psicólogos, neurologistas e até mesmo manicômios. Não que as moléstias do Sistema Nervoso inexistam, porém não necessariamente estas doenças estão galgadas em causas físicas, terrenas. Outros médiuns ainda não são aceitos pela sociedade ou por famílias que simplesmente não entendem as religiões de base espírita, ou às condenam, ou são incapazes de entender os anseios de um médium, seus desequilíbrios, suas necessidades de desenvolvimento para que fique bem, com harmonia entre seu corpo e o espírito.
O paradoxo família versus religião é mais comum do que se imagina. Atinge médiuns de diversas faixas etárias que são chamados de louco ou julgados como possessos ou possuidores de pactos com o demônio. Digo-lhes irmãos, são injustiçados. Quando um médium segue uma vertente de origem Africana então, parece que a coisa piora consideravelmente... Tanta intolerância, tantos engodos, tantas injustiças para que?
Pior que na maioria das vezes, os mesmos que condenam desejam utilizar-se das religiões espíritas em benefício próprio para satisfazer suas necessidades e apenas isso. Estas pessoas lotam as sessões de terapias espirituais, bem como os passes nos centros de Kardec; ou ainda lotam as sessões de Umbanda e Candomblé para falar com entidades e pedir, pedir, pedir... pior ainda quando apresentam pedidos excusos, que em nada acrescentam e pelo contrário, só querem o mal do próximo.
Peçamos a Deus, nosso amado Zambi; bem como Jesus Cristo, nosso querido Oxalá; que tenha pena destas pessoas. Que elas possam abrir os olhos e perceber que a espiritualidade está muito, mas muito além disto tudo. Pedir que se esclareçam e que aceitem os médiuns como pessoas comuns, que apenas tem a capacidade de intermediar dois planos. Afinal, este plano está mergulhado em um plano muito maior, o plano espiritual.
Que as famílias, mesmo sendo de religiões distintas não-espíritas, ou mesmo espíritas, possam aceitar seus médiuns, acolhendo-os com carinho e auxiliando-os em sua jornada nesta encarnação, que para o médium é sempre extremamente difícil, pois na maioria dos casos ele toma consciência de sua responsabilidade ao longo da vida.
A todos os meus amigos médiuns, toda proteção e força para continuar nesta caminhada terrena, complexa, cheia de obstáculos e tropeços, para que possamos cumprir os desígnios que o Criador deseja de nós; e reparar nossas falhas de existências anteriores...

Muita luz e axé para todos vocês...

Um comentário:

  1. Olá querida amiga!
    Lindo e verdadeiro texto! Meus parabéns e muito axé prá nós!
    Annapon

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