quarta-feira, 6 de julho de 2011

A dificuldade de compreensão das religiões africanas

Retorno ao blog cheia de idéias na minha cabeça, e uma delas diz respeito à visão politeísta que algumas pessoas tem em relação às religiões espiritualistas de origem africana.
Pensemos as religiões politeístas da Idade Antiga, falando mais especificamente de Grécia e Roma. Como informado pela história, os gregos adoravam diversos deuses, sendo cada um deles responsável por algum fenômeno da natureza. Assim sendo, Poseidon era o rei dos mares, Afrodite a deusa do amor e da beleza, Ares o deus das guerras, Hermes o mensageiro dos deuses, Hades o senhor dos infernos, Artemis a deusa da caça, Atena a deusa da sabedoria, Zeus o deus supremo. Em Roma, a religião tinha a mesma base, porém os nomes dos deuses tinham relação direta com os planetas do sistema solar, por exemplo Afrodite = Vênus; Ares = Marte. Em que difere dos nossos irmãos de religião católica por exemplo, onde Deus é o ser supremo, e os Santos são pessoas que tiveram grande devoção ao Supremo e onde cada santo é mais específico e tende ao atendimento de uma determinada causa? Ora, não podemos dizer que nenhum de nós é politeísta, afinal todos cremos em um Deus supremo e maior, e em espíritos iluminados que estão logo abaixo deles como os Orixás e os Santos...
Para esse impasse as palavras de ordem são COMPREENSÃO e RESPEITO. Não podemos discutir sobre aquilo que não procuramos nos informar nem entendemos. Não podemos menosprezar a cultura e as crenças alheias. Não podemos condenar alguma fé sem avaliar se nela realmente existe algum fundamento. Quantas pessoas não vão a terreiros totalmente descrentes e após ouvirem algumas coisas pessoais sendo ditas por uma entidade, incorporada em uma pessoa totalmente estranha a ela, que jamais teria como saber aqueles segredos tão íntimos, não sentiram pelo menos a veracidade dos fatos e não saíram pelo menos intrigadas daquele centro? Quem nunca sentia certa curiosidade e até certo medo? Se os Santos não regem as leis da Natureza em conjunto com Deus, qual seria o sentido deles existirem?
Perguntas, perguntas, várias teorias, várias respostas... Não há respostas certas, nem erradas. Apenas interpretações divergentes.
A base de tudo está em ouvir o próximo e compreender, bem como aceitar, sua opinião. Afinal, gostaríamos de ser respeitados da mesma forma. Apenas com esta atitude somos capazes de viver em paz, na comunhão entre irmãos que todos somos, e viver com ecumenismo, ou seja, com a presença de Deus em todos os povos.
Axé...

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