quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Cargas negativas, ambientes pesados...

Já se sentiu cansado só de entrar em um ambiente? Tem dores de cabeça quando chega perto de uma pessoa? Não é frescura, nem nada de errado com você. Isso pode acontecer com qualquer um...
Todos nós enquanto médiuns em potencial, com diferentes graus de mediunidade, somos capazes de perceber a influência de espíritos negativos ou do periespírito obscuro de algumas pessoas. Ainda, pela troca constante de energia que acontece durante todo o momento neste universo invisível que nos engloba no mundo físico, somos capazes de absorver parte desta energia de baixa vibração e de alta negatividade, e este processo se reflete em danos e desconfortos ao nosso corpo físico, o envoltório material de nosso espírito.
Mas, então, como se proteger dessas situações? Essa resposta é simples, a prática é o mais difícil. O ideal é mantermos sempre a nossa energia de maneira positiva. Claro, a negatividade sempre pode estar rodeando nossas idéias, mas devemos tentar converter nosso pensamentos negativos em energia positiva. Aos médiuns que possuem consciência de sua missão, esta carga é ainda maior. Estes devem estar sempre com o seu dom muito alerta e bem cuidado, evitando desprendimento energético excessivo nestas situações. Afinal, se estamos repletos de uma energia sublime, refinada e boa e chegamos em um ambiente ou pessoa de carga oposta, este nos consumirá como um carro cujo tanque está totalmente vazio de combustível. Isto causa grande desgaste espiritual e mesmo físico do médium.
O que estes ambientes possuem de tão negativo? São obsessores? Nem sempre. As vezes o pensamento negativo de apenas uma pessoa é suficiente para negativar um ambiente inteiro. E os obsessores e espíritos de baixa vibração? Ah, estes fazem a festa. Quantas pessoas não se permitem serem sugadas, quantos irmãos que desconhecem seu real propósito terreno se perdem nas encantarias deste mundo ou são tão preocupados com coisas fúteis para enxergarem a realidade que nos rodeia. Quantos médiuns são negligentes ou incapazes de perceber a que foram enviados a essa existência. Sim, o mundo é um lugar por si próprio de negativa polarização, apenas quando pensamos apenas no que há de ruim... por isso admiráveis são os que conseguem se alegrar do pouco e reclamarem o mínimo possível. Estes são capazes de provar o bálsamo da verdadeira felicidade. Independente da negatividade do ambiente, estes sempre estarão aptos a se manterem da mesma maneira ao adentrá-lo.
Devemos sempre nos polarizar positivamente. Afinal, a nossa matéria é etérea e certamente portadora de cargas. Ou seja, apenas trocamos carga com tudo e todos com quem interagimos. Logo, como me portar num ambiente desse? Tenha calma, eleve seu pensamento a Deus. Certamente, você atrairá boa parte desta carga. Seja sempre positivo para poder eliminá-la, afinal os guias de luz, entidades, orixás; eles estão sempre conosco. Eles irão ajudar a tirar este peso de você. Utilize amuletos e faça banhos caso considere necessário... mas acima de tudo, tenha fé, pois a fé é soberana contra toda e qualquer maldade deste mundo. Boa sorte e muita paz a você querido leitor. Axé

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Meus amados boiadeiros

Os boiadeiros são espíritos de pessoas, que em vida trabalharam com o gado, em fazendas por todo o Brasil, estas entidades trabalham da mesma forma que os Caboclos nas sessões de umbanda. Usam de canções antigas, que expressam o trabalho com o gado e a vida simples das fazendas, nos ensinando a força que o trabalho tem e passando, como ensinamento, que o principal elemento da sua magia é a força de vontade, fazendo assim que consigamos uma vida melhor e farta. Nos seus trabalhos usam de velas, pontos riscados e rezas fortes para todos os fins. Os Boiadeiro traz o seu sangue quente do sertão, e o cheiro de carne queimada pelo sol das grandes caminhadas sempre tocando seu berrante para guiar o seu gado. Gosta de bebida forte como por exemplo conhaque com mel de abelha, que eles chamam de meladinha, mas também bebem vinho. Fumam cigarro, cigarro de palha e charutos. Seu prato preferido é carne de boi, feijão tropeiro, feito com feijão de corda ou feijão cavalo. Boiadeiro também gosta muito de abóbora com farofa de torresmo... Com seus chicotes e laços vão quebrando as energias negativas e descarregando os médiuns, o terreiro e as pessoas da assistência. Os fortalecendo dentro da mediunidade, abrindo as portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, assim como os exus. Alguns usam chapéus de boiadeiro, laços, jalecos de couro, calças de bombachas, e tem alguns, que até tocam berrantes em seus trabalhos. Os Boiadeiros são entidades que representam a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, "o caboclo sertanejo". São os Vaqueiros, Boiadeiros, Laçadores, Peões, Tocadores de Viola. Os Boiadeiros representam a própria essência da miscigenação do povo brasileiro: nossos costumes, crendices, superstições e fé. Ao amanhecer o dia, o Boiadeiro arrumava seu cavalo e levava seu gado para o pasto, somente voltava com o cair da tarde, trazendo o gado de volta para o curral. Nas caminhadas tocava seu berrante e sua viola cantando sempre uma modinha para sua amada, que ficava na janela, pois os grandes donos das fazendas não permitiam a mistura de empregados com a patroa. É tal e qual se poderia presenciar do homem rude do campo. Durante o dia debaixo do calor intenso do sol ele segue, tocando a boiada, marcando seu gados e território. À noite ao voltar para casa, o churrasco com os amigos e a família, um bom papo, ponteado por um gole de aguardente e um bom palheiro, e nas festas muita alegria, nas danças e comemorações. Sofreram preconceitos, como os "sem raça", sem definição de sua origem. Ganhando a terra do sertão com seu trabalho e luta, mas respeitando a natureza e aprendendo, um pouco com o índio: suas ervas, plantas e curas; e um pouco do negro: seus Orixás, mirongas e feitiços; e um pouco do branco: sua religião (posteriormente misturada com a do índio e a do negro) e sua língua, entre outras coisas.Dá mesma maneira que os Pretos-Velhos representam a humildade, os Boiadeiros representam a força de vontade, a liberdade e a determinação que existe no homem do campo e a sua necessidade de conviver com a natureza e os animais, sempre de maneira simples, mas com uma força e fé muito grande. Os boiadeiros estão ligado com a imagem do peão boiadeiro - habilidoso, valente e de muita força física. Sua dança simboliza o peão sobre o cavalo a andar nas pastagens. Enquanto os "caboclos índios" são quase sempre sisudos e de poucas palavras, é possível encontrar alguns boiadeiros sorridentes e conversadores. Os Boiadeiros vêm dentro da linha de Oxossi. Mas também são regidos por Iansã, tendo recebido da mesma a autoridade de conduzir os eguns da mesma forma que conduziam sua boiada quando encarnados. Levam cada boi (espírito) para seu destino, e trazem os bois que se desgarram (obsessores, quiumbas, etc.) de volta ao caminho do resto da boiada (o caminho do bem).

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O que é a Umbanda na sua vida?

Acredito que a Umbanda sempre esteve presente em minha vida de uma forma sutil atrelada sempre a minha forma de pensar. Fui educada no Catolicismo, sempre frequentei igreja, porém sempre tive idéias correlacionadas a reencarnação como se já possuísse um entendimento anterior sobre isso. Também gostava muito de incensos e tudo que fosse relacionado ao esoterismo e à magia. Sempre tive devoção por alguns santos. Quando ia na casa de alguém que fosse Umbandista, os quadros com imagens de pretos-velhos sempre me chamavam atenção. Desde pequena tive muitos problemas com meu sono e nunca entendi o porquê. Achava que era o excesso de coisas que tinha a fazer diariamente. Eu não entendia o significado do termo MEDIUNIDADE.
Conheci a Umbanda e passei a amá-la. Passei a pesquisar, a procurar saber. Olho com carinho os Orixás e as Entidades. Frequentei terreiros. Sorri e chorei, fui feliz e me decepcionei, não com a religião, mas com pessoas da religião que ainda não compreendem o real sentido da Umbanda. Como todos os outros irmãos, encontrei a hostilidade, a incompreensão, o desrespeito e o sofrimento entre os não-umbandistas. Hoje, por questões pessoais, estou impossibilitada de exercer minha mediunidade; porém meu coração dói muito por isto e eu continuo amando-a, em silêncio, baixinho, mas verdadeiramente do fundo do meu coração, e quanto aos meus amigos Erês, Pretos-Velhos, Caboclos de Pena e de Couro (meus queridos boiadeiros), Exus e os supremos Orixás, eu tenho a plena certeza que eles estão e sempre estarão comigo e com todos vocês que estão lendo este tópico.
Que a Umbanda possa melhorar e modificar a vida de vocês hoje e sempre, trazendo para nós e para os outros espíritos, toda a luz e o caminho que todos nós precisamos. Axé hoje e sempre.

Comemorando 1 ano no ar

Boa noite amigos,
Perdoem-me por reduzir o ritmo de postagens, mais juro que sempre que eu puder e tiver a inspiração estarei postando por aqui, OK? Gostaria em primeiro lugar de agradecer aos meus seguidores e a todos os visitantes que de alguma forma aproveitaram um pouquinho das minhas humildes palavras e idéias que tenho tido a coragem de deixar neste espaço.Obrigada a todos por prestigiarem meu trabalho e por me ajudarem a evoluir minha mediunidade.
Estejam sempre à vontade aqui... esta página é de vocês.
Beijinhos a todos!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Vamos manter nossa mediunidade bem cuidada?

Responda-me rapidamente... você acha difícil cuidar da mediunidade? Eu tenho quase certeza que você querido leitor, respondeu mesmo que mentalmente que sim. Quando pensamos em cuidar da espiritualidade pensa-se, no caso dos Cardecistas em dedicação ao centro durante pelo menos uns 5 dias da semana; ou no caso das religiões africanas todos imaginam nas obrigações de terreiro e em oferendas enormes e mirabolantes. Concordo em dedicação nos ambientes físicos de templos espíritas, porém o cuidado mediúnico deve ser iniciado fora dos templos, é mais simples do que isso e pode ser incluído no cotidiano de qualquer médium.
Quanto tempo vai levar durante a noite, antes de você dormir para fazer suas orações e ler um trechinho de algum livro espírita de sua preferência. Seja O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, Ceifa de Luz, A Gênese, Iniciação na Umbanda, Tambores de Angola, Aruanda... qualquer destes títulos, a leitura deles não enobrece e eleva nosso espírito? Emanar nosso pensamento até Jesus Cristo, nosso pai Oxalá, para que nos dê a leitura exatamente do trecho que estejamos necessitando naquele momento... gera uma paz de espírito tão grande. E a boa e velha Prece de Cáritas, basta refletir nas frases desta poderosa oração. Você verá o quanto ela pode nos trazer alento.
Qual a diferença que estes 5 minutinhos utilizados farão na sua noite de sono? Nenhuma...
E quanto à vela acesa ao nosso Anjo de Guarda? Ah, quantos médiuns esquecem e não precisam ter vergonha de admitir. Nosso anjo de guarda deve estar sempre fortalecido para nos proteger de todos os perigos, moléstias, pestes, inveja e malediscência deste mundo. Vamos sempre acender a vela de sete dias para nosso guardião. Se quiser, acenda uma vela para seu orixá no dia de vibração do mesmo... certamente ele vai se agradar muito em receber um presente, mesmo que seja uma simples vela.
Vamos aproveitar os poderes que Deus nos providenciou através da natureza...Façamos banhos de ervas, sejam genéricos ou de acordo com as necessidades de cada médium, deixando nosso corpo limpo de todas as cargas negativas que absorvemos todos os dias. Certamente nosso corpo e espírito se sentem mais leves não é mesmo?
E por último, vamos alimentar a fonte energética que move isto tudo, e esta parte é muito simples. Para isso precisamos seguir firmes em nossa FÉ, acreditando em Deus que é a força maior criadora deste universo; devemos cultivar a HUMILDADE, sabendo que todos somos irmãos e espíritos em evolução, praticando a tolerância e a paciência; e por último devemos viver a CARIDADE, auxiliando os irmãos menos favorecidos que nós com suprimentos emocionais ou físicos.
Seguindo estas dicas é impossível ser um médium pela metade, mas sim é possível ter paz e um aproveitamento completo deste dom divino, que não nos faz diferentes dos demais, mas nos propicia a oportunidade de sermos seres humanos mais puros e próximos de Deus...
Paz e bem!

sábado, 13 de agosto de 2011

A Lagarta

Imóvel sobre uma folha, a lagarta olhou em torno e viu todos os insetos em contínua movimentação - alguns
cantando, outros slatando, outros ainda correndo ou voando. Pobre criatura, era a única que não tinha voz que não sabia nem correr nem voar.
Com grande esforço começou a mover-se, mas tão lentamente que quando passou de uma folha para outra sentiu-se como se tivesse dado a volta ao mundo.
No entanto não tinha inveja de ninguém. Sabia que era uma lagarta e que as lagartas precisam aprender a
tecer finos fios, com grande habilidade, até construirem uma casinha para si mesmas.
E então pôs-se a trabalhar.Dentro em breve a lagarta estava envolvida num macio casulo
- E agora? pensou ela.
- Agora espere, respondeu uma voz. - Tenha um pouco mais de paciência e você verá.
Quando chegou o momento a lagarta acordou, e não era mais uma lagarta.
Saiu do casulo com duas lindas asas brilhantes e coloridas, e imediatamente voou bem alto no céu, aquela linda Borboleta.
Enviado pela amiga Maria Mulambo Rainha em 8 de agosto de 2011

Conto de amizade

Jair andava pelas ruas da cidade, sempre com o seu fiel cão, um vira-lata, chamado “Malhado”. Apesar de ser um mendigo, ele não pedia dinheiro e aceitava sempre um pão, uma fruta, um pedaço de bolo ou um almoço com sobras de comida.
Jair era conhecido como um homem bom, que perdeu a razão, os amigos e nem sabia mais quem era. Não tinha nenhum vício, estava sempre tranqüilo, mesmo quando não ganhava nenhuma comida, pois acreditava que Deus lhe daria um pouco na hora certa. E, realmente, sempre alguém lhe dava o que comer. Ele agradecia com muita humildade e pedia a Deus para abençoar aquela pessoa.
Jair e Malhado se conheceram na rua. Ele dividiu seu almoço com o cão, e assim ficaram amigos. Desde então, toda comida que o mendigo conseguia, dava primeiro ao cachorro, que, por sua vez, protegia seu dono. Como viviam na rua, não tinham lugar certo para dormir, onde anoiteciam, ali dormiam. Quando chovia, procuravam abrigo embaixo de algum viaduto.

Uma vez, seu Josué, um pipoqueiro, de uma praça onde o mendigo costumava
passar, começou a conversar com Jair e perguntou:
- Você vive vagando pelas ruas com seu cão... Você não tem nenhum desejo na vida?

E, Jair respondeu:
- Tenho sim. Eu tenho muita vontade de comer um cachorro quente, daqueles
que o seu Zezé vende ali na esquina.

O pipoqueiro, surpreso perguntou:
- Só isso? Só um simples cachorro quente?

E Jair confirmou:
- É, sim, este é o meu desejo do momento.

Seu Josué, então, saiu para comprar o sanduíche na carrocinha do amigo Zezé. Voltou e entregou o delicioso cachorro quente para o mendigo, que emocionado, não conseguia falar nada, somente sorria. Assim que pegou o sanduíche das mãos do pipoqueiro, Jair tirou a salsicha, deu para “Malhado” e comeu o pão com os temperos.


Seu Josué, não entendeu a atitude de Jair, pois a salsicha era o melhor pedaço do cachorro- quente, e perguntou:
- Por que você deu para o cão, a salsicha, o melhor pedaço?

E Jair, saboreando o que restou do sanduíche, respondeu:
- Para o melhor amigo, o melhor pedaço!

Disse isso, e continuou comendo alegre e satisfeito. Seu Josué não tinha mais o que falar. Se despediu de Jair, passou a mão na cabeça de “Malhado” e saiu pensando no que havia acontecido ali naquela praça.Jair, um simples mendigo, havia lhe mostrado o verdadeiro sentido de uma amizade.


 
LIÇÃO DE VIDA:
Como é bom ter amigos. Pessoas em quem podemos confiar... desabafar ...
Amigo é aquele que está do nosso lado sem nada pedir ou exigir, em qualquer momento da nossa vida


Enviado para mim pelo amigo Ogan de Guiã em 11 de agosto de 2011

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Uma lágrima em uma alma de luz

Era um horário avançado da noite. A jovem médium não conseguia dormir. Deitou-se em sua cama numa tentativa de descansar o seu corpo e obedecer o desejo de libertação de seu espírito cansado de permanecer por longo dia preso à matéria. Naquela noite fria de um inverno gelado, parou olhando para o teto no silêncio de seu quarto, escuro, porém com uma pequena quantidade de luz pela fresta da porta.
Estava cansada da sua ideologia espírita umbandista. Tudo lhe parecia contrário. Todos eram contra suas crenças, perdera o emprego, não tinha mais namorado ou amigos. Revoltou-se com a religião, achando esta ser a grande culpada de seus problemas. Ledo engano. Esta seria apenas o começo da sua evolução.
Questionando a espiritualidade em silêncio, mentalizou a seguinte pergunta: "Fui abandonada pelos ditos 'amigos' espirituais. Onde estão vocês agora que estão em meio a tantas dificuldades?". E não obteve resposta. Sua audiência estava bloqueada e não conseguia ouvir a resposta dos espíritos amigos. Ao fechar os olhos, não conseguia vê-los. Não sentía-os ao seu lado. Espiritualmente estava em estado vegetativo.
Apenas estava disposta a reclamar e nunca via os lado positivo das mudanças que estavam lhe acontecendo. Havia realmente se tornado uma umbandista de verdade. Tornou-se mais caridosa, tinha reais noções de hierarquia, ajudava os outros, se tornou humilde. Tudo que lhe aconteceu derivou de sofrimento pregresso.
Simplesmente continuava a questionar...
De repente foi tomada por uma forte dor de cabeça. Sentia seu corpo fraco e mais uma vez questionava a tudo dizendo que o exercício extremado da mediunidade e a "cobrança" dos Orixás e Entidades porque ela não exercia suas funções estavam consumindo sua vida. Estava totalmente obcecada com pensamentos maléficos a respeito da mediunidade.
Fechou os olhos e por um instante conseguiu dormir. Ao acordar no mundo espiritual, viu ao seu redor um casal de negros velhinhos, um casal de caboclos, boiadeiro e marinheiro, um exu e uma bombogira, um casal de crianças. O menino veio na direção de sua cama e lhe deu com um gesto de muito carinho um doce para comer.
Subitamente acordou, lavou o rosto, foi à cozinha beber um copo d'água e refletir um pouco sobre aquele sonho. Sua fé foi renovada. Foi dormir feliz novamente com a Umbanda e não mais sentiu-se sozinha.
Ao retornar ao hospital, uma bela mulher veio em sua direção e ela questionou:
- Porque quando eu estava pior vocês não vieram ficar comigo?
- Porque você ainda não estava pronta para perceber os benefícios que estavam ocorrendo em sua vida. Além disso, você mesmo precisava se encontrar com relação à sua fé. - respondeu a mulher.
- O que eu estou fazendo aqui neste lugar?
A bombogira respondeu:
- Cuidando do seu espírito, tão castigado, mas que apesar de não exercer a mediunidade como deveria, mesmo assim continua exercendo-a auxiliando os outros de outras formas.
Pela manhã, ao acordar agradeceu a ocorrência daquele sonho bom e em seu ouvido uma voz doce e feminina sussurrou: - Não te aflijas, minha médium amada, nós estamos sempre com você.

A dificuldade de compreensão das religiões africanas

Retorno ao blog cheia de idéias na minha cabeça, e uma delas diz respeito à visão politeísta que algumas pessoas tem em relação às religiões espiritualistas de origem africana.
Pensemos as religiões politeístas da Idade Antiga, falando mais especificamente de Grécia e Roma. Como informado pela história, os gregos adoravam diversos deuses, sendo cada um deles responsável por algum fenômeno da natureza. Assim sendo, Poseidon era o rei dos mares, Afrodite a deusa do amor e da beleza, Ares o deus das guerras, Hermes o mensageiro dos deuses, Hades o senhor dos infernos, Artemis a deusa da caça, Atena a deusa da sabedoria, Zeus o deus supremo. Em Roma, a religião tinha a mesma base, porém os nomes dos deuses tinham relação direta com os planetas do sistema solar, por exemplo Afrodite = Vênus; Ares = Marte. Em que difere dos nossos irmãos de religião católica por exemplo, onde Deus é o ser supremo, e os Santos são pessoas que tiveram grande devoção ao Supremo e onde cada santo é mais específico e tende ao atendimento de uma determinada causa? Ora, não podemos dizer que nenhum de nós é politeísta, afinal todos cremos em um Deus supremo e maior, e em espíritos iluminados que estão logo abaixo deles como os Orixás e os Santos...
Para esse impasse as palavras de ordem são COMPREENSÃO e RESPEITO. Não podemos discutir sobre aquilo que não procuramos nos informar nem entendemos. Não podemos menosprezar a cultura e as crenças alheias. Não podemos condenar alguma fé sem avaliar se nela realmente existe algum fundamento. Quantas pessoas não vão a terreiros totalmente descrentes e após ouvirem algumas coisas pessoais sendo ditas por uma entidade, incorporada em uma pessoa totalmente estranha a ela, que jamais teria como saber aqueles segredos tão íntimos, não sentiram pelo menos a veracidade dos fatos e não saíram pelo menos intrigadas daquele centro? Quem nunca sentia certa curiosidade e até certo medo? Se os Santos não regem as leis da Natureza em conjunto com Deus, qual seria o sentido deles existirem?
Perguntas, perguntas, várias teorias, várias respostas... Não há respostas certas, nem erradas. Apenas interpretações divergentes.
A base de tudo está em ouvir o próximo e compreender, bem como aceitar, sua opinião. Afinal, gostaríamos de ser respeitados da mesma forma. Apenas com esta atitude somos capazes de viver em paz, na comunhão entre irmãos que todos somos, e viver com ecumenismo, ou seja, com a presença de Deus em todos os povos.
Axé...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O ritual do Amaci

O Amaci é o primeiro sacramento da Umbanda para os umbandistas. È a iniciação dos filhos para entrarem no mundo dos trabalhos da Umbanda. Não é o mesmo que batismo, já que este tem como finalidade purificar o encarnado dos pecados anteriores, simbolicamente. O batismo é como uma limpeza para que se inicie uma jornada nova, é uma opção da pessoa ou de seus pais em viver conforme as leis divinas, aceitando e querendo que a pessoa batizada aprenda a enxergar e a interpretar a luz dos Orixás e de Deus, e pode ser recebido por qualquer pessoa.
O Amaci, por sua vez, é destinado apenas aos filhos que já trabalham na corrente mediúnica, e tem uma forte vontade e desejo de continuarem como trabalhadores da seara mediúnica umbandista. Ou seja, para os médiuns que já têm certa convicção de que o caminho para se iluminarem e levarem luz para os seres vivos é a Umbanda.O ritual do Amaci começa com a escolha de padrinhos encarnados e desencarnados. Entre as obrigações desses dias está uma dieta controlada abolindo-se completamente as carnes, outras abstinências,  entre outras coisas. O ritual se dá,  por meio de uma lavagem da cabeça, um banho no chacra coronário, trazendo a vibração do Orixá do médium para mais perto desse filho. Perceba que os banhos de descarrego e imantação são realizados do pescoço para baixo. Apenas o Pai-de-Santo, ou uma de suas entidades poderão promover o banho de sua cabeça)Junto com a lavagem que é uma imantação dos chacras, existem outros ritos que têm a finalidade de imantar e harmonizar os chacras bem como os corpos astrais e etérico para a prática mediúnica voltada para a Caridade.
Dessa forma pode-se dizer que o Amaci tem como finalidade:
a) apresentar o filho ou a filha para o seu Orixá como um de seus instrumentos para o exercício de Seu Amor e de Sua Luz;
b) imantar e entregar a coroa do médium para o seu Orixá Ancestral;
c) iniciar o médium como um membro ativo da Umbanda, com responsabilidades e compromissos com os Orixás (compromissos e responsabilidades são amar o próximo, dedicar parte de sua vida para exercer sua religião com amor e respeito e disciplina. Doar suas energias e tempo para o bem de teu próximo, doar seu corpo, mente e alma para promover a caridade - o amor essencial.)
d) manter esse médium assistido e cuidado, já que sua coroa vibrará na intensidade e na força da Casa, sendo alimentado seu chacra coronário constantemente, garantindo mais segurança e harmonia para esse filho ou filha, possibilitando um maior cuidado e zelo do Pai-de-Santo com seus filhos do ponto de vista espiritual;
Entendamos que o Amaci é mais uma benesse para o médium que qualquer outra coisa. É uma firmeza e garantia para os filhos e filhas.O Amaci não é um compromisso de nunca mais sair da Umbanda, não é o fechamento da porta de saída, não é uma responsabilidade que não se possa posteriormente ser desistida. Ou seja, amanhã caso um filho ou filha desejarem sair da Umbanda, ou mesmo sair dessa casa poderão fazê-lo de forma tranqüila e natural. O Amaci pode ser levantado a qualquer momento a pedido do médium. Ele tem razão de existir enquanto o médium for praticante da Umbanda de forma ativa. Assim não é um compromisso para toda a vida, é um compromisso que respeita totalmente o livre-arbítrio.O maior compromisso dos médiuns foi feito antes de seu reencarne, o Amaci é apenas uma primeira confirmação desse compromisso.

Por Tenda de Umbanda Filhos de Pemba - Araucária - Paraná

sábado, 16 de abril de 2011

O agradecimento diário do Umbandista / Candomblecista

Obrigado meu Pai Oxalá

Pela fé que me sustenta

Pelos amigos que fiz e continuo fazendo

Pelas bênçãos de Ogum

Pela proteção de Iemanjá

Pelo amor de Oxum

Pela força de Iansã

Pela retidão de Xangô

Pelo colo de Nanã

Pelo equilíbrio de Oxóssi

Pelas curas de Omulú

Pelas cores de Oxumarê

Pelas folhas de Osanhe

Pelas Crianças que enchem de alegria nossos terreiros

Pela amizade dos Boiadeiros

Pela humildade dos Preto-Velhos

Pelas Almas Santas e Benditas

Pela cumplicidade de Exú e Pomba Gira

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Vida de médium é difícil...

Poderia até ser uma frase da cantiga da novela A Escrava Isaura (risos); mas não é. É a pura realidade irmão. Vejam a vida do exímio e grande médium brasileiro Francisco Cândido Xavier. Foi hostilizado, apresentou problemas de saúde, teve uma vida simples, sacrificada e difícil. Muitos irão perguntar: "Para que tudo isso? Não seria mais fácil que utilizasse seus dons para ter uma vida boa, confortável, uma condição financeira abastada e fosse repleto de mulheres ao redor?" Aí está a chave da resposta... A espiritualidade tem um propósito muito maior do que os levianos objetivos presentes neste mundo. Em que os seres evoluiriam se pudessem saber sempre qual o caminho certo a seguir? Ora, em nada avançariam. O ser humano tem o anjo e o demônio dentro de si. É só escolher a quem ouvir e seguir.
Muitos médiuns às vezes reclamam sobre sua condição de vida. Seria muito fácil usar o dom recebido em benefício próprio, mas se assim fosse possível, pelos nossos erros e defeitos enquanto espíritos encarnados, certamente nunca, veja bem, nunca nos preocuparíamos em ajudar o próximo. Demagogia seria dizer o contrário, afinal todos carregamos conosco algum traço de animalidade. Afinal, devemos lembrar que somos animais, porém Deus nos proporciona a inteligência para o discernimento de nossos atos. Dentre os traços animalescos que se relacionam com a sobrevivência, o egoísmo é um deles.
A mediunidade de uma pessoa não é para ela própria. É um domínio público, é um bem de uso coletivo por assim dizer; fato este que pode certamente trazer transtornos para a vida do médium. Mas, o que seria admirar a mais bela das rosas sem ferir-se com os espinhos? Como seria possível contemplar a maravilhosa companhia do Criador sem passar por algum tipo de martírio? Se houvesse esta facilidade, não seríamos dignos deste privilégio. Que possamos, mesmo com toda adversidade, sempre nos lembrar de seguir no caminho do bem, ajudando ao próximo, em comunhão com os nossos guias espirituais, para que possamos ser merecedores da companhia do Deus perfeito e magnífico, arquiteto deste Universo. Paz e bem!

domingo, 3 de abril de 2011

Orixás e características de seus filhos: Um novo olhar...

Nesta primeira postagem de Abril, inicio o mês pensando em algo que talvez ninguém nunca tenha visto neste ângulo. O que faz com que as pessoas venham a este mundo filhos de determinado Orixá?
Acredito que os espíritos tendem a vir à Terra como filhos de determinado Orixá devido a uma semelhança de vibrações com as características do Orixá em questão. Por exemplo, um espírito que vem como filho de Oxossi provavelmente aprendeu lições em diversas existências com relação a amizade, humildade e outras características positivas atreladas a Oxossi, que lhe possibilitaram algum nível de melhora espiritual, porém ainda está atrelado a seus defeitos que podem ser relacionados com todo lado negativo do mesmo Orixá. Ou seja, espíritos que tenham vivido experiências semelhantes reencarnam como filhos de Oxossi.
Entre os Orixás não há uma hierarquia, nenhum é melhor nem pior que o outro, mas de acordo com os pólos positivos e negativos de cada Orixá, podemos encontrar reunidos espíritos que buscam graus evolutivos diferentes. Qual seria a lição a ser aprendida então? As perguntas seguintes já tem consigo as próprias respostas... Qual o maior defeito da personalidade atrelada a Oxóssi? Não perdoar; Qual a maior negatividade de Iansã? Não conseguir ajustar relacionamentos duradouros.
O pensamento espírita espiritualista é marcado especialmente pela coerência e lógica em suas afirmativas, pois explica o que para muitos é inexplicável ou inimaginável pelos dogmas religiosos. Como então podemos explicar que tantas pessoas tenham personalidades semelhantes e que venham filhos do msm Orixá? Óbvio q as combinações com os outros Orixás da linha alteram um pouco estes caracteres, mas o Orixá que nos rege não foi escolhido a toa, tudo tem um propósito, uma lógica.
Ou seja, espíritos que vem filhos do mesmo Orixá provavelmente tem que aprender lições semelhantes, onde cada Orixá tem a função de nos guiar para repelir as características negativas que eles mesmos possuem em sua personalidade. Cada um presente na linha de um indivíduo tem uma função de correção, uma lição a ensinar, um defeito a depurar. Senão todos seriam Oxaguiã, ou Iansã, ou Ogum e por aí vai.Se fosse exatamente aleatório e sem propósito não haveria evolução do espírito "filho", sem nenhuma beleza e magia de se ter um Orixá como mãe ou pai. Por isso os Orixás são diferentes, próximos dos nossos defeitos e fraquezas. Deus os criou com o objetivo de estar mais próximo de nós através de Espíritos superiores, porém humanizados, removendo a distância que nos separa Dele. Que nós possamos aprender com os Orixás, para cumprirmos os desígnios pelos quais somos seus filhos, e assim avançar no caminho da evolução e tornar nosso espírito menos denso e mais próximo do Criador. Axé!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Porque nos preocupamos demais com o outro?

Para alguns a pergunta lançada no início da postagem é um defeito. Se preocupar com o próximo, pelo contrário, é uma virtude. Atualmente, está cada vez mais difícil encontrar pessoas que se preocupem com o próximo, em qualquer campo de vida que seja, incluindo saúde, namoro, amizade, família... enfim, nunca ninguém tem tempo para os problemas, dúvidas e desejos alheios. Ou pior, tem gente que não sabe simplesmente ouvir e respeitar os anseios do próximo. Aí fica difícil conviver. Quantas guerras, mortes, tragédias e afins são causados pela simples intolerância entre pessoas e povos? Meus costumes, minha religião, minha maneira de pensar são melhores que as suas. Não, não e não. A intolerância é um dos sinais máximos do atraso espiritual e da necessidade de depuração de todo sentimento malévolo que nos ronde. Estes pensamentos é que fazem valer a famosa expressão do Orai e vigiai, uma vez que não é bom para ninguém, nem a ti nem ao próximo, tais tipos de sentimentos.
Quando passamos a amar ao próximo, é natural que tenhamos uma preocupação excessiva com a pessoa que desejamos bem. Deste sentimento sublime que podem surgir as mais amargas decepções. Então dizemos: "Me arrependi de ter feito isso, ou aquilo para fulano... Não faço mais isso por ninguém." Vamos analisar a afirmativa do momento de ira?
Se teu coração é puro, desejas evoluir, se desprender de todo sentimento mesquinho e raiva, certamente não conseguirás se manter por muito tempo desta maneira. Por mais que seu coração esteja lhe matando de tanta dor, mais cedo ou mais tarde, você irá perdoar aquele que te traiu. Tenha certeza que é nesta hora que Deus mais se agrada da tua presença nesta Terra e certamente seu espírito estará dando um salto adiante no caminho da evolução.
Agora analisemos o rancoroso. Pobre alma. Incapaz de se libertar do sentimento vingativo.Pessoas que não perdoam, por mais que amem o ser que magoaram, são incapazes de perdoar ao próximo e a si mesmo. Alimentam os obsessores com a energia pesada que carregam consigo. Misericórdia divina, dos Orixás e Entidades destes irmãos...
Nunca se arrependa em pensar tanto no outro e às vezes esquecer de você mesmo. Veja o caminho do grande médium Chico Xavier. Afinal, todo sofrimento vivido por ele foi por sua doação ao próximo. Mas, veja a felicidade com que ele fazia tudo isso; e a paz de espírito que obteve depois. Reflitamos sobre o assunto, principalmente sobre a máxima de que ESPIRITISMO NADA MAIS É DO QUE DOAÇÃO AO PRÓXIMO E CARIDADE... Axé!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Mãe biológica cuidando de filho biológico no santo

Esta é uma grande dúvida entre os Umbandistas. Mãe biológica pode cuidar de filho biológico no santo? Bom, em minha opinião digo que não. Quando a Ialorixá, Mãe de Santo, Zeladora ou como queiram chamar começa a cuidar da cabeça de seu próprio filho de sangue inevitavelmente em algum momento irá misturar sua função religiosa com a função de mãe carnal. Seus sentimentos e emoções irão interferir altamente em sua maneira de lidar com os orixás e entidades de seu filho. Nas giras certamente haverá uma maior preocupação com o filho, para evitar que se machuque ou com a sua forma de incorporação, em relação aos demais filhos de santo. Vejam bem, não é uma crítica ao sentimento natural de mãe destas mulheres. Não. Só acredito que é inevitável uma mistura destes sentimentos.
Acredito que por isso, filhos biológicos cujas mães cuidam de suas cabeças nos terreiros podem tender a ter problemas em seu desenvolvimento na espiritualidade, confusões de sentimentos, enfim, podem apresentar diversos distúrbios de mediunidade. Alguns podem despertar até sentimentos de ciúmes com relação ao tratamento de sua mãe perante os demais filhos de santo, gerando um egoísmo que pode refletir em sérios problemas para o andamento dos trabalhos no terreiro, para o amadurecimento espiritual do mesmo e dos demais, incluindo a zeladora do terreiro.
Outra situação que pode ser criada a partir desta condição é o ingresso de médiuns despreparados para assumir cargos de extrema importância em terreiros por serem designados por sua mães aos mesmos, e não por entidades ou por determinação da espiritualidade superior.
Ainda, filhos cujas mães são zeladoras também podem apresentar um menor senso de responsabilidade que os demais filhos de santo, uma vez que por terem acesso direto à pessoa que seria a conselheira e provedora de auxílio para os trabalhos e obrigações, podem se acomodar e aguardar que suas mães preparem suas oferendas, seus trabalhos, seus banhos, colham suas ervas e tudo mais.
Bom, não é minha intenção neste texto criticar a visão, bem como a prática, de nenhuma pessoa ou terreiro que tenha este tipo de formação. Porém, acredito que estes alertas são válidos para chamar atenção para os desvios de conduta ou problemas que podem advir deste tipo de cuidado. Estou disposta a ouvir as opiniões de meus leitores, e quero sempre lembrar que independente da forma como seja praticada, Umbanda é sempre amor, luz e caridade. Axé!

sábado, 5 de março de 2011

Ser filho de orixá

É saber amar, perdoar, esquecendo a ofensa do irmão que o magoou

é trasnformar a própria dor em sentimento de alegria

é procurar adquirir cultura, instruindo-se para poder instruir

é possuir mente e coração brilhantes para iluminarem caminho obscuros e pedregosos

é estar indiferente a elogios e imune a críticas de pessoas incompreensivas

é agradecer aos guias que o escolheram para servir-lhes de intérprete

é entoar hinos de louvor ao pai que lá do alto também socorre

é constituir-se em tábua de salvação a irmãos naufragados no mar do desespero

é carregar a bandeira da fé com entusiasmo e dedicação

é esquecer-se de si mesmo, auxiliando aflitos e sofredores

é seguir o mestre olorum, levando paciente a própria cruz até o calvário

é partir para o além com satisfação do dever cumprido

ser filho de orixá não é dirigir-se ao terreiro apenas por imposição do medo

não é aproveitar-se da religião para buscar luxo e vaidade

não é mostrar-se interesseiro, indo ás tendas á procura de vantagens materiais, pois cada um tem seu merecimento.

Não é beneficiar-se da mediunidade, recebendo presentes ou dinheiro

não é levar vida cômoda á sombra dos ensinamentos dos guias

não é ser gentil com ricos e grosserios com os pobres

não é invejar o colega, buscando prejudicá-lo através de intrigas

não é perturbar-se com a ingratidão do irmão mal agradecido

não é buscar fama para satisfazer o orgulho

não é aparecer em público, ostentando jóias que custaram o suor alheio.

Enfim, ser filho de orixa é resignação, humildade, respeito, disciplina e acima de tudo gratidão!

quinta-feira, 3 de março de 2011

O médium enfermo espiritual...

"...Quando o médium passa a defender-se, a criticar os outros, a autopromover-se demais, encontra-se enfermo espiritualmente, a caminho de lamentável transtorno obsessivo ou emocional..." Li este parágrafo numa postagem, no blog Espiritualizando com a Umbanda de Denis Santana e sou obrigada a concordar. É a mais pura verdade. Infelizmente, muitos não o fazem por maldade, mas sim porque são incapazes de perceber que seus espíritos estão doentes.
Acredito que se pudessemos visualizar o corpo espiritual destes irmãos veríamos espíritos amargurados, descabelados, sujos, infelizes, carentes de auxílio, rastejando em locais enlameados e com vários obsessores impedindo-os de sair daquele ambiente. Parece surreal a descrição e que é tudo um joguete da minha vil mente tentando me ludibriar, mas não. Ambientes podres como este existem, e não apenas neste mundo, nesta existência, mas sim em todos os planos, tempos e encarnações.
Seria tão bom se todos os médiuns tivessem a compreensão do seu papel nesta existência. Se aceitassem a sua missão nesta Terra. Se fizessem abstenção de toda vaidade, orgulho, egoísmo e soberba. Se soubessem PERDOAR. Se soubessem AMAR. Se pudessem se permitir COLOCAR NO LUGAR DO OUTRO.
Creio que os médiuns que são atacados por todos estes distúrbios, em especial a tríade defesa, crítica alheia e superioridade; apresentam tendências maléficas por desvios de caráter que os aproximam aos espíritos de baixa vibração. Isso independe da vertente espírita que frequente. Seja com o nome de kiumbas ou obsessores, os não iluminados são os mesmos. Estes médiuns, ah, pobre deles... seria tão bom poder ajudá-los. Mas, na maioria das vezes, parece um caminho sem volta, pois quase sempre estão tão cegos e tão seguros de si que são incapazes de enxergar os malefícios que estas companhias sugadoras de seus espíritos lhes trazem.
Desejo, eu juro, do fundo do meu coração, que estes médiuns, que na maioria das vezes possuem anos de experiência no espiritismo ou ocupam elevados cargos em terreiros ou centros, percebam os seus erros; peçam perdão às entidades, pessoas que magoaram e a eles mesmos; perdoem as pessoas; para que possam enfim voltar a ter seu equilíbrio espiritual, seguindo a vertente do bem, se aproximando do Criador, reestabelecendo assim seu bem estar físico e espiritual...

Paz e bem!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Reflita sobre sua mediunidade por um momento

Já imaginei minha mediunidade como um dom; na maior parte do tempo imaginei-a como um fardo, um castigo. Hoje a vejo como um propósito. Sim, um propósito! Porque Deus daria a um filho uma capacidade que seria um fardo? Para vê-lo sofrer? Isto é um contraponto com a imensa benevolência, bondade e capacidade de perdão do Altíssimo... Ele nos proporciona a mediunidade unicamente por amor, uma vez que esta é uma forma de redimirmos nossos erros de existências passadas.
Óbvio, ser médium não é fácil. Várias pessoas são tomadas por loucas quando afirmam suas capacidades de contactar o invisível através de visões, audições, sensibilidades além do que os órgão terrenos dos sentidos podem captar. Estas pessoas lotam as clínicas psiquiátricas, psicólogos, neurologistas e até mesmo manicômios. Não que as moléstias do Sistema Nervoso inexistam, porém não necessariamente estas doenças estão galgadas em causas físicas, terrenas. Outros médiuns ainda não são aceitos pela sociedade ou por famílias que simplesmente não entendem as religiões de base espírita, ou às condenam, ou são incapazes de entender os anseios de um médium, seus desequilíbrios, suas necessidades de desenvolvimento para que fique bem, com harmonia entre seu corpo e o espírito.
O paradoxo família versus religião é mais comum do que se imagina. Atinge médiuns de diversas faixas etárias que são chamados de louco ou julgados como possessos ou possuidores de pactos com o demônio. Digo-lhes irmãos, são injustiçados. Quando um médium segue uma vertente de origem Africana então, parece que a coisa piora consideravelmente... Tanta intolerância, tantos engodos, tantas injustiças para que?
Pior que na maioria das vezes, os mesmos que condenam desejam utilizar-se das religiões espíritas em benefício próprio para satisfazer suas necessidades e apenas isso. Estas pessoas lotam as sessões de terapias espirituais, bem como os passes nos centros de Kardec; ou ainda lotam as sessões de Umbanda e Candomblé para falar com entidades e pedir, pedir, pedir... pior ainda quando apresentam pedidos excusos, que em nada acrescentam e pelo contrário, só querem o mal do próximo.
Peçamos a Deus, nosso amado Zambi; bem como Jesus Cristo, nosso querido Oxalá; que tenha pena destas pessoas. Que elas possam abrir os olhos e perceber que a espiritualidade está muito, mas muito além disto tudo. Pedir que se esclareçam e que aceitem os médiuns como pessoas comuns, que apenas tem a capacidade de intermediar dois planos. Afinal, este plano está mergulhado em um plano muito maior, o plano espiritual.
Que as famílias, mesmo sendo de religiões distintas não-espíritas, ou mesmo espíritas, possam aceitar seus médiuns, acolhendo-os com carinho e auxiliando-os em sua jornada nesta encarnação, que para o médium é sempre extremamente difícil, pois na maioria dos casos ele toma consciência de sua responsabilidade ao longo da vida.
A todos os meus amigos médiuns, toda proteção e força para continuar nesta caminhada terrena, complexa, cheia de obstáculos e tropeços, para que possamos cumprir os desígnios que o Criador deseja de nós; e reparar nossas falhas de existências anteriores...

Muita luz e axé para todos vocês...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Local adequado para oferendas

Concordo que o Umbandista ou Candomblecista deve presentear aos orixás ou entidades com comidas, bebidas, panos, velas, cestos, frutas e outros... Porém, sou contrária à disposição das oferendas em qualquer lugar. Pensem irmãos, colocar vossas oferendas em cachoeiras utilizadas para banho ou ainda em cachoeiras inexploradas é uma forma de degradação ambiental. Afinal, o que importa ali são as essências retiradas das comidas e bebidas, e não os cacos de vidro que sobram e podem cortar os pés de uma pessoa; ou ainda os restos da comida, que permanecem depois que o Orixá absorve todo o axé daquela oferenda, e que podem atrair ratos para aquele ambiente. Outro perigo são os cacos de alguidar que ficam nestes locais. Estes acontecimentos fortalecem àqueles que não possuem compreensão e utilizam estas evidências para depreciar a imagem das religiões afro-brasileiras, entitulando os Umbandistas e Candomblecistas como os grandes poluidores do ambiente.
Porque não utilizar locais alugáveis, com tendas prontas, e todo um esquema adequado de local e limpeza pós-oferenda, se podemos assim utilizar uma expressão, para evitar deixar essa sujeira toda? É uma grande questão de consciência. Tudo nesta vida necessita de minucioso planejamento. Sair para despachar oferendas (vulgo "arriar despachos" para os leigos), não é diferente...
Portanto, na próxima vez que for deixar uma champagne para Iemanjá por exemplo, não é necessário deixar a garrafa de vidro. Despeje apenas o líquido no mar, adicionado de toda sua boa vontade e coração aberto em agraciá-la com aquele presente. Você vai se sentir leve, o Orixá aceitará o presente de bom grado, e o meio ambiente agradece...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Assistam! Minissérie Mãe de Santo...

Mãe de Santo foi uma minissérie brasileira produzida e exibida pela Rede Manchete em 1990. Dirigida por Henrique Martins e escrita por Paulo César Coutinho, a minissérie foi exibida de 9 de outubro a 2 de novembro de 1990 às 22:30 horas.
A minissérie, que durou pouco menos de um mês, não possuía uma trama central. Uma mãe-de-santo do candomblé, vivida por Zezé Motta, narrava, em seu terreiro, várias histórias ocorridas na Bahia. Uma história diferente era narrada a cada episódio.
Foram produzidos ao total 16 episódios. A minissérie, apesar de não ter sido bem aceita pelo público e pela crítica, que a considerou muito confusa, apresentava uma boa pesquisa sobre os rituais tradicionais do candomblé, que foram mostrados de forma singular.


Abaixo os links para assistir ou visualizar cada episódio:


Ordem correta dos vídeos:
1)      Obá
2)      Oxalá

3)      Omulu

4)      Ogum

5)      Oxum
6)      Logun-Edé

7)      Iemanjá
8)      Oxóssi

9)      Exu
10)   Nanã
11)   Xangô

12)   Iansã
13)   Oxumare
14)   Ossain
15) Ewá


Falta 1 episódio que não consegui encontrar.
Bom entretenimento a todos...
Axé!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Ir ao terreiro dos outros para visualizar defeitos

A Umbanda é uma religião de irmandade, e não uma competição de qual zelador, terreiro ou médium é o melhor... Não é competição. Afinal, a meta da religião é apenas a evolução, tanto dos desencarnados que trabalhamos quanto a nossa... Um dia não haverá nenhum status de melhor ou pior, pois seremos todos iguais. Afinal, já somos.
Aos que cometem erros, deixemos que Deus, amado Zambi, os julgue; e oremos por todos os zeladores e médiuns que não entendem o belo significado da Umbanda ou que a praticam para o mal, escolhem consulentes e outras falhas de caráter. Cabe a nós apenas orar por eles.
Quando visitar um terreiro, devemos sempre ir com nosso coração o mais puro possível e orar a nossos guias que utilizem todo nosso axé para o auxílio das atividades daquele recinto, apenas pela satisfação de auxiliar àqueles que estão presentes naquele ambiente.

Compartilho com vocês um scrap que recebi. Lindo

Pai Oxalá, nos dê a bênção do aprendizado e não do sofrimento.
Pai Oxosse, traga-nos os ensinamentos válidos de todos os sofrimentos humanos.
Mãe Iansã, tende piedade de nós, seus filhos que tanto amamos.
Pai Obaluaê, ajude-nos a evoluir, ampare os sofridos das tragédias.
Mãe Oxum, una-nos no amor divino para que tenhamos harmonia.
Pai Oxumarê, suas bênçãos de prosperidade a todos que sofrem e padecem.
Mãe Iemanjá, acolha-nos em seus seios maternos.
Pai Ogum, livre-nos dos males dos humanos, afaste-nos o que não nos é de direito.
Mãe Nanã, que possamos respeitá-la, sem temor, mas com amor para que possamos crescer em fraternidade.
Pai Xangô, firmeza da vida, da terra e da sabedoria, detentor da Lei Maior, não permita que soframos alem do que nos cabe.
Que os Exus possam abrir nossos caminhos para a Espiritualidade, protegendo-nos e guiando-nos na Paz e na Caridade.
Que os Erês possam nos trazer a felicidade, por mais distante que possa estar ou parecer, dando-nos a tranquilidade do amanhã melhor.

Pai Tião de Aruanda

O que decepciona as pessoas na Umbanda...

A religião umbandista é maravilhosa...
Infelizmente, existem ainda médiuns, pessoas de alto cargo em terreiros, até mesmo sacerdotes que possuem um coração impuro; são pessoas más e se utilizam de uma imagem boa e pacífica para enganar, ludibriar os irmãos necessitados que vão até um terreiro buscando por auxílio.
Ainda existem os que infelizmente, acham que suas entidades e orixás são os supremos.
São vaidosos, mal intencionados, cheios de si. As vezes possuem anos de prática ou uma vasta leitura sobre o assunto, porém são incapazes de compreender e viver o que é primordial na religião.A fé, o amor e a caridade. Ah, sem esquecer do mais importante que é a humildade. Outros ainda são capazes de fingir que estão com entidade para ludibriar as pessoas.
Aliado a isso, temos também a falta de estímulo ao iniciado por alguns sacerdotes impacientes que desejam que seus médiuns aprendam a tudo nas giras, a base de broncas, pressões ou simplesmente desejam que tirem todas as suas dúvidas em pilhas de livros sobre Umbanda.
Enfim, Umbanda não é, nunca foi nem nunca será o q os maus médiuns pregam. Ela é linda, pura, mágica, sublime e INOCENTE.

Axé a todos vocês...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Corações feridos, machucados e sangrantes

Li uma frase uma vez que achei muito interessante... "Com o coração não se brinca". E ela é uma verdade.
Como alguém pode ter a coragem de ferir a máquina de vida da criatura humana, seu centro de sensibilidade, sua origem, seu cerne.
Quem nesta Terra nunca teve seu coração ferido, de maneira intensa, e pensou que fosse morrer de tanta dor? É bom pensar que também da mesma forma você pode ter quebrado literalmente o coração de alguém.
Está difícil encontrar seres capazes de perceber a leveza das coisas.
Qual é o conteúdo de um coração rico em sentimentos puros, desejos bondosos, livre de culpa e pressões? É um órgão que carrega consigo toda a vitalidade, repleto de sangue da melhor composição. Um coração assim nunca adoecerá, e permanecerá perfeito, pelo menos espiritualmente (entenda como energeticamente), até o momento do desencarne.
O que acontece, pelo contrário, com um coração que carrega todos os tipos de vícios, rancores, sentimentos negativos como a revolta e a vingança? É uma víscera doente, com toda carga energética e fluídica ruim, que certamente adoecerá e que poderá até ser o desencadeador do desencarne do indivíduo.
A melhor forma de ter um coração saudável é depurar todo sentimento malfazejo, e manter-se sempre repleto de amor, paz, verdade, fé, humildade e acima de tudo CARIDADE. Sim irmãos, afinal como diz a frase "Quem dá aos pobres empresta a Deus". Doem, mas não doem apenas bens materiais, doem a si mesmos. Doem ouvidos, palavras, abraços, afagos, beijos, ombros, colos e até lágrimas... Sejam neste mundo a mudança que querem ver.
E o mais importante... Se você machucou uma pessoa, peça perdão. Se a pessoa se arrependeu de ter lhe machucado, perdoe. Nunca magoem o coração de ninguém, afinal todos nós sabemos bem o quão é grande esta dor. Desta forma, não devemos desejar aos outros o que não queremos a nós mesmos.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Okê Arô!!!

Ontem, dia 20/01 foi comemorado o dia de São Sebastião, na Umbanda e no Candomblé, Oxossi...
O orixá da fartura... O rei do Keto. Ligado às matas.

É o Orisà que caça, que vive nas florestas e nas terras verdes não cultivadas. Sua técnica consiste em esperar, pacientemente, a preza aproximar-se para, então,deferir seu tiro certeiro.
Na mitologia yorubana, Odé é filho de Yemojà com Osoguian. Está relacionado à fartura, prosperidade e à eterna convivência com a natureza.
Por viver com Ossayan, acabou aprendendo a utilidade das folhas.
Sua principal ferramenta é o Ofá, arco e a flecha. Acredita-se que esse Orisà conhece o segredo do nosso planeta, pois os dois hemisférios (norte e sul),quando separados, assemelham-se ao seu arco.
Odé tem como missão trazer fartura para todos os povos do mundo. A caça simboliza o alimento necessário para a sobrevivência das espécies e também, a busca de novos caminhos para o desenvolvimento.
Os filhos deste Orixá são carismáticos, emotivos, intuitivos, carinhosos, românticos, nervosos e inseguros. A lógica não os atrai muito. Imaturos, acreditam em todos e em tudo.

Não seja avarento ao proporcionar conforto a um filho de Oxossi, ele faria duas vezes mais por você, caso a situação se invertesse. Muito místico acredita que existe algo além do materialismo. Adora ouvir palavras de sabedoria, agarrando com unhas e dentes, em princípio, qualquer conselho ou palavra bondosa, embora isso não queira dizer que irá aceitá-la. Suas maiores fraquezas são a precipitação e a indecisão, se ficar no caminho do meio, poderá ter enorme sucesso. Faz várias coisas ao mesmo tempo e nunca termina nada.

É o próprio caçador de si.É um pouco preguiçoso e adora dormir até tarde, mostra-se suscetível aos elogios ou às ilusões de grandeza. Detesta que entrem em sua privacidade, não é de muitas intimidades.Livra-se de responsabilidades com diplomacia. Tem facilidade em ganhar dinheiro, mas gasta tudo na primeira loja que encontra. Não tem muita segurança nos relacionamentos, mas não se importa muito com isso. Pode perder tudo com facilidade ao mergulhar numa paixão. É um homem do mundo, um andarilho. Adora dar presentes. Se tiver um objeto de adorno e for apreciado por alguém (pode ser até uma jóia valiosa) ele se desfaz do ornamento para agradar a pessoa. São minuciosos verdadeiros e extremamente francos.

Pessoas de aparência calma, que podem manter a mesma expressão quando alegres ou aborrecidas, do tipo que não externa suas emoções, mas não são, de forma alguma, pessoas insensíveis só preferem guardar os sentimentos para si.

São pessoas que podem parecer arrogantes e prepotentes, e às vezes o são. Na realidade, os filhos de Oxóssi são desconfiados, cautelosos, inteligentes e atentos, selecionam muito bem as amizades, pois possuem grande dificuldade em confiar nas pessoas. Apesar de não confiarem, são pessoas altamente confiáveis, das quais não se teme deslealdade; são incapazes de trair até um inimigo. Magoam-se com pequenas coisas e quando terminam uma amizade é para sempre.

São do tipo que ouve conselhos com atenção, respeita a opinião de todos, mas sempre faz o que quer. Com estratégia, acaba fazendo prevalecer a sua opinião e agradando a todos.

Altos e magros, os filho de Oxóssi possuem facilidade par se mover mesmo entre obstáculos. Seu andar possui leveza e elegância. Sua presença é sempre notada, mesmo que não façam nada par isso acontecer.

Os filhos de Oxóssi gostam de solidão, sempre se isolam, ficam à espreita, observam atentamente tudo que se passa à sua volta. Curiosos, percebem as coisas com rapidez, são introvertidos e discretos, vaidosos, distraídos e prestativos, comportamento típico de um caçador, provedor do seu povo.

Identificação Espírita

O espírita é aquele servidor do Evangelho que, no campo da observação:
Lê tudo;
Ouve tudo;
Vê tudo;
E analisa tudo.
Mas retém apenas a substância que lhe seja de proveito real, na esfera da vivência:
Respeita a todos; Serve a todos;
Lida com todos e trabalha na senda de todos.
Mas permanece tão-somente com aqueles que estão procurando o caminho de acesso ao Reino de Deus.
Entre a observação e a vivência, ele pratica:
Todo o bem que pode;
Onde pode;
como pode;
E quando pode.
Em suma, é possível identificar o espírita como um companheiro de Jesus Cristo na experiência humana, que nem sempre faz aquilo que quer, mas faz constantemente àquilo que deve.

Iria de Iansã

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Médium, não tome o caminho errado...

Sejas tu um propagador da luz nesta Terra...
Abençoais os caminhos dos irmãos necessitados que lhe procuram para pedir auxílio...
Sejas um sopro dos ventos de Iansã...
Um sorriso da beleza de Oxum...
Uma pedra sólida da justiça de Xangô...
Uma flecha afiada e certeira de Oxossi...
Um soldado forte dos campos de batalha de Ogum...
Uma onda de Iemanjá, que leve as mazelas para longe...
O silêncio que anuncia a chegada de Obaluaiê...
A retidão e a experiência de Nanã...
Uma folha bendita de Ossain...
Uma cor do arco-íris de Oxumare...
Uma das flores do jardim da Ibeijada...
Uma palavra da sabedoria de um Preto Velho...
Um garrote da boiada de um Boiadeiro...
Uma pena do cocar de um Caboclo...
Uma estrela que ilumina o céu das encruzilhadas dos Exus...

Afinal, qual o caminho certo de que tanto falamos?

Afastemo-nos dos espíritos trevosos, que nos aprisionam em grilhões da maldade, da ganância, da vaidade e da intolerância.
Reneguemos a tudo que o mundo nos ofereça que seja oposto ao propósito divino. Afinal, estamos nesta dimensão para evoluir e nos abstrair de velhos erros cometidos anteriormente certo?
Precipitai-vos espíritos zombeteiros, vampiros astrais e toda classe de maléficos, nas dependências de vosso umbral, na tentativa de evoluir. Ó príncipe da milícia celestial, meu Xangô Agandjú, rei da justiça; auxiliai estes irmãos desencarnados a atingir o caminho da retidão e da paz.
Afastai-nos dos vícios e desvios de conduta terrenos. Mantenha-nos sempre em direções que nos permitam evoluir sempre, tal como é a lei, do mineral ao Arcanjo.

Sejamos médiuns sim, mas sejamos exemplos de uma religião linda, pura e correta, para que possamos semear um futuro livre de preconceitos para nossa religião...

Axé!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Um pouquinho da história da Umbanda

As raízes da Umbanda são difusas. Entretanto, podemos afirmar que ela foi criada em 1908 pelo Médium Zélio Fernandino de Moraes, sob a influência do Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Antes disso, já havia, de fato, o trabalho de guias (pretos-velhos, caboclos, crianças), assim como religiões ou simples manifestações religiosas espontâneas cujos rituais envolviam incorporações e o louvor aos orixás. Entretanto, foi através de Zélio que organizou-se uma religião com rituais e contornos bem definidos à qual deu-se o nome de Umbanda.
Nesta época, não havia liberdade religiosa. Todas as religiões que apontavam semelhanças com rituais afros eram perseguidas, os terreiros destruídos e os praticantes presos.
Em 1945, José Álvares Pessoa, dirigente de uma das sete casas de Umbanda fundadas inicialmente pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, obteve junto ao Congresso Nacional a legalização da prática da Umbanda.
A partir dai, muitas tendas cujos rituais não seguiam o recomendado pelo fundador da religião, passaram a dizer-se umbandistas, de forma a fugir da perseguição policial. Foi aí que a religião começou a perder seus contornos bem definidos e a misturar-se com outros tipos de manifestações religiosas. De tal forma que hoje a Umbanda genuína é praticada em pouquíssimas casas.
Hoje, existem diversas ramificações onde podemos encontrar influências que utilizam a palavra Umbanda, como as indígenas (Umbanda de Caboclo), as africanas (Umbandomblé, Umbanda traçada) e diversas outras de cunho esotérico (Umbanda Esotérica, Umbanda Iniciática). Existe também a "Umbanda popular", onde encontraremos um pouco de cada coisa ou um cadinho de cada ancestralidade, onde o sincretismo (associação de santos católicos aos orixás africanos) é muito comum.
Mantém-se na Umbanda o sincretismo religioso com o catolicismo e os seus santos, assim como no antigo Candomblé dos escravos, por uma questão de tradição, pois antigamente fazia-se necessário como uma forma de tornar aceito o culto afro-brasileiro sem que fosse visto como algo estranho e desconhecido, e, portanto, perseguido e combatido.
Há discordância sobre as cores votivas de cada orixá conforme o local do Brasil e a tradição seguida por seus seguidores. Da mesma forma quanto ao Santo sincretizado a cada orixá.
Alguns exemplos:
Fonte: Wikipédia